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Série 40 Lições – Aula 08

Demonstração Científica do Campo Semântico Prof. Erico Azevedo

DEMONSTRAÇÃO CIENTÍFICA DO CAMPO SEMÂNTICO

Erico Azevedo
14/12/20202

O tema desta live é a demonstração científica do Campo Semântico. Apresentarei o resultado de pesquisa do PHD pela Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação na Unicamp para documentar, testar um fenômeno de comunicação não local entre seres humanos. Essa pesquisa consiste essencialmente de um teste experimental com seres humanos e uma classe de teorias. O Campos Semântico é uma proposta da Ontopsicologia para a comunidade científica que parte de uma evidência clínica e que depois, Meneghetti, faz descrições extremamente precisas. Essas descrições nos habilitam a criar o experimento.

Não acreditem que foi fácil, porque a pesquisa envolvia sonhos, comunicação a distância com seres humanos e gaiola de Faraday para blindar as pessoas. Pissolato, meu orientador, inicialmente me convidou para entrar como aluno especial e fazer os primeiros ensaios. Então fizemos esses ensaios numa gaiola de Faraday para testar se trabalharíamos com sonho. Trabalhar com sonhos numa faculdade de engenharia elétrica é uma coisa um tanto estranha, não? A premissa era que já seríamos questionados, porque não é um curso de psicologia, psiquiatria e outras disciplinas que se interessam pelo sonho.

Então fizemos os primeiros ensaios, tipicamente com pessoas que se conheciam muito bem. Quase todos os experimentos ligados a essa área e comunicação à distância entre seres humanos, procuram utilizar pessoas que se conheçam bem, como por exemplo, gêmeos, casais, mãe e filho e assim sucessivamente.

Procuramos fazer os primeiros ensaios com uma série de movimentos: o sujeito de pesquisa tentava navegar via internet nas fotos do outro sujeito que estava na gaiola de Faraday, leitura do sonho, dentre outros.

O que é essa gaiola de Faraday para quem não sabe? É uma caixa metálica, grande o suficiente para caber várias pessoas dentro, onde se fazem testes de engenharia elétrica. Essa gaiola é blindada, com blindagem dupla e não entra nenhum sinal eletromagnético dentro dela. Ou seja, se você tentar falar com o celular lá dentro, não vai pegar nenhum sinal. Então é um instrumento utilizado para fazer pesquisas científicas onde eu preciso isolar determinados instrumentos, fazendo medidas precisas e garantindo que não houve interferência eletromagnética externa.

Por que isso? Porque toda vez que falamos sobre o campo semântico, dizia-se que poderia ser um efeito eletromagnético. Muita gente falava antigamente que o cérebro irradia ondas e que essas ondas fazem a comunicação. Bom, na verdade não faz muito sentido isso porque essas ondas decaem, elas ficam muito pequenininhas rapidamente. A potência que nós temos nessas ondas cerebrais é muito pequena. Então como explicar esse fenômeno?

A primeira forma para explicar é isolar, então procuramos isolar. Colocamos uma pessoa distante em um outro laboratório a cerca de 300 metros de distância. Estava em um outro prédio dentro da gaiola de Faraday, no outro laboratório. Então se acontecesse alguma interferência, algum fenômeno de comunicação que pudesse ser medido, poderíamos afirmar categoricamente que esse processo não é de origem eletromagnética. Então valida, o que Meneghetti dizia: “Não é eletromagnético. É um campo que passa exclusivamente a informação.”

Essa é uma pergunta que, como tantas perguntas científicas, não nasce do nada. Antes de Meneghetti, tantos outros pesquisadores falavam sobre o tema e na tese vocês encontram uma tabela com a descrição dos principais pesquisadores. Um grande número se interessa pelos microrganismos, porque observavam que existiam esses efeitos a distância e eram inexplicáveis para eles. Começou-se a criar uma área dentro do estudo das células, que chama biofotônica, onde se estudam os fótons e as ondas eletromagnéticas emanadas pelos microrganismos.

Mais recentemente, chegou o ponto em que alguns pesquisadores começaram a se questionar: “Não é possível que seja eletromagnetismo, eu coloco barreira, aí coloco à distância e ainda assim eu consigo interferir”. Então vários pesquisadores estão se questionando, nós não somos os únicos que fizemos essa pergunta. O que fizemos talvez tenha feito alguns saltos. Basicamente, ao invés de pesquisar com microrganismos, fomos direto para o ser humano. Se funcionar com ser humano, vai funcionar com microrganismo.

A quem essa pesquisa pode interessar?

O tema dos sonhos,  do tema das comunicações à distância entre seres humanos, tem interessado a uma gama cada vez maior de pesquisadores. Pesquisadores da microbiologia, pesquisadores da física, da psicologia, da parapsicologia, da psiquiatria, da medicina etc. Então são muitas áreas que se interessam pelo tema do sonho, da consciência, do conhecimento.

Posso dizer que o campo semântico, o campo da informação, como descoberta, é uma descoberta fundamental na ciência. Trata-se de um fenômeno transversal que interessa praticamente todos os ramos do saber. Por isso que a Ontopsicologia é uma ciência interdisciplinar e epistêmica, justamente porque ela atua na raiz do conhecimento, lá na raiz onde o sujeito vai aprender por impacto direto com a realidade.

Para fazer essa pesquisa também passamos por algumas dificuldades. Nas publicações, quando tentávamos publicar ou mandar o material, recebíamos crítica dos dois lados.

Existem os materialistas dogmáticos, os fisicalistas, objetivistas. São do positivismo duro, então eles falam que essa pesquisa não tem nada a ver porque traz o elemento do sonho, do ser humano. Então não deveria dar para fazer em laboratório. Eles traziam essa dificuldade.

Por outro lado, os pesquisadores da parapsicologia, quando viam o material e o resultado da pesquisa que era todo baseado em estatística, gaiola de Faraday, medidas fisiológicas, diziam: “Essa pesquisa é muito positivista, não vai dar”.

Vejam que é exatamente isso que nós propomos. Para fazer pesquisa sobre campo semântico e campo de informação, precisamos ter uma neutralidade epistemológica. Não podemos estar agarrados dentro do dualismo, é necessário transcender o dualismo.

O dualismo é consequência de um movimento histórico. Foi necessário na época do Descartes, para separar o mundo da psique, o mundo da alma, por assim dizer, que a igreja tinha se apoderado desse universo. Os temas que eram privativos da igreja. O Descartes, com justas razões, assim como todos aqueles que seguiram, como Galileu Galilei, Newton, etc., todos se abstraíram da subjetividade e por conta disso a gente viveu uma cisão da ciência. A ciência é de um lado e a filosofia do outro. Basicamente essa cisão é a grande crise das ciências. Atualmente, chegou o momento de unificar essas essas duas grandes forças: a capacidade racional, o valor da subjetividade e o valor da objetividade, das medidas, da matéria.

Qual foi a pergunta do no início do experimento?

Os seres vivos são capazes de se comunicar a qualquer distância?

No caso do ser humano, para além dos cinco sentidos e de esquemas eletroquímicos, eletromagnéticos, etc., ou seja, tudo aquilo que é material divisível e conhecido. Será que é possível?

Quem se ocupou desse tipo de pergunta?

Bom, se considerarmos que se ocupou desse tipo de pergunta, poderíamos voltar no início da história dos gregos. Demócrito, que é o pai do platonismo, considerava que os sonhos eram partículas que viajavam e interferiam no nosso corpo quando estávamos dormindo. Aristóteles, Platão, Darwin, mais moderno, considerava que a comunicação entre os seres vivos era o resultado de um processo evolutivo.

Sheldrake, que foi falado na Live do Professor Pissolato, também é biólogo de matriz darwinista, e pesquisa sobre alguns fenômenos ligados à comunicação à distância, como por exemplo, a sensação de ser observado. A sensação de ser observado os animais expressam, os homens expressam. Quando caminhamos na rua, por exemplo, alguém está olhando e você olha para trás; ou então estamos andando na rua, olhamos para cima e vemos uma pessoa nos observando de um prédio. Esse fenômeno é denominado como “a sensação de ser observado”. Esse autor afirma então que pode até ter que eles façam parte do processo evolutivo do homem, mas deve pressupor a existência de algum tipo de campo. Isso porque o sujeito não tem um sentido literalmente envolvido. Então surge a idéia do Rupert Sheldrake, dos campos mórficos.

Também trazendo para pesquisadores mais recentes, temos o Daniel Kahneman, que é psicólogo e prêmio nobel em economia. Esse autor falava que certas habilidades humanas como a intuição, ESP – Extra Sensorial Perception, pode ter sido úteis no passado aumentando as chances de sobrevivência, mas na verdade, nos tempos modernos, se tornaram desviadoras. Então a intuição, segundo esse autor, ela nos faz errar, não é confiável.

Sim, é desviada e sabemos em Ontopsicologia, que é desviada pelo monitor de deflexão. Então em Ontopsicologia consideramos a intuição sempre exata. Se conseguíssemos capturar a intuição sempre, veríamos que ela é perfeita e exata. Contudo, ela sofre uma uma interferência no seu percurso até chegar à consciência, é desviada ou anulada. Então Kahneman hega perto, mas não fecha realmente a estrada para a investigação. Essa interferência de consciência para ser comprovada, teria que fazer uma investigação dentro do sujeito, o que não cabe para a economia, é matéria da psicologia. 

Campo Semântico

Meneghetti, que muitos aqui dos presentes, conhecem bem a história, parte de uma atividade clínica. Toda Ontopsicológica nasce de um vivo percurso clínico bem sucedido. Nos anos 70 ele identifica um fenômeno que ele chamou de campo semântico. Vimos mais sobre o campo semântico na última live com a Professora Nathália Perin. Esse fenômeno que ele chamou de campo semântico é denominado como um transdutor de informação sem deslocamento de energia. Trata-se de um fenômeno que nos conecta a priori. Então todas as coisas vivas estão conectadas a Priori, a qualquer distância de espaço e de tempo.

Podemos perceber fatos que aconteceram a uma certa distância de tempo. Quando entramos num determinado local podemos perceber e ter acesso a isso por meio desse campo de informação. Então, Meneghetti propôs um método de leitura desses campos utilizando as nossas capacidades naturais de percepção do corpo. No livro Ontologia e Fisicalidade, por exemplo, ele deixa claro que a demonstração caberia realmente aos físicos e que muito provavelmente nós redescobriríamos toda a Ontopsicologia a partir do momento em que a física quântica avançasse o suficiente e tivesse coragem para fazer afirmações sobre o homem enquanto unidade energética.

Percebam que a cisão dualista até hoje faz um peso muito grande de superego, de juízo, de julgamento, na cabeça, na mente, afetando o comportamento dos pesquisadores e restringindo a pesquisa científica.

Primeiros Insights para a pesquisa: doutorado em psicologia

O primeiro insight para fazer a pesquisa veio de outra pesquisa que eu havia feito no meu PHD em psicologia clínica. Investigamos e coletamos os sinais fisiológicos de 31 psicólogos ao longo de 162 sessões de psicoterapia ontopsicológica. Então eu fazia medidas dos meus sinais, do ontopsicólogo e dos sinais do psicólogo, que era o sujeito que estava passando pelo processo de psicoterapia ontopsicológica na pesquisa.

Estávamos reproduzindo os passos de Meneghetti que começou sua pesquisa na clínica como falei.

Meu doutorado em psicologia foi defendido em dezembro de 2017, pela PUC de São Paulo. O design experimental surgiu desse modelo, onde temos dois gráficos em forma de laranja, que representam duas pessoas.

Do lado esquerdo temos uma laranja sem a grelha, ou seja, uma pessoa aqui está se colocando numa leitura de percepção do campo semântico e do outro lado nós temos uma pessoa que verbaliza algo e comunica uma outra coisa por meio do campo semântico.

Então foram feitas essas medidas. Nós medimos frequência cardíaca, saturação de oxigênio e também utilizamos uma técnica, relativamente nova, que é um avanço em relação a antiga técnica Kirlian. GDV-Kirlian é uma técnica criada pelo Konstantin Korotkov, que estará conosco nas próximas lives, para registrar variações de sinais fisiológicos por meio da emissão de fótons no corpo.

No gráfico superior, lado esquerdo, vemos a linha azul, sinais normalizados de todos os participantes. Considerem a metade do gráfico o momento 0, ou seja, aqui se tem o sinal normalizado. Um minuto antes e um minuto depois, dois minutos de medidas aqui. Um minuto antes, os sinais são praticamente aleatórios. O azul são os sinais dos psicólogos atendidos na pesquisa e o vermelho sou eu que estava atendendo.

Um sinal menos o outro, elevado ao quadrado, é chamado desvio quadrático médio. Mostra claramente que até a metade, ou seja, até o início da pessoa contar o sonho, praticamente não existe diferença nos sinais. Ou seja, significa que os sinais são praticamente aleatórios, caminham de maneira aleatória.

Quando os sujeitos começam a contar os sonhos, vejam que a linha azul começa a fazer uma ascendente muito grande, o coração dos sujeitos aceleram. De maneira complementar, o meu coração, do ontopsicológo, reduz os batimentos. Entra numa escuta profunda.

Um sinal  menos o outro ao quadrado, temos essa curva grande crescendo. Do lado direito temos uma situação muito bacana que é quando o sujeito conta um segundo sonho em uma mesma sessão. A sessão dura em média 45 minutos, 50 minutos. Então o sujeito conta o primeiro sonho, o ontopsicólogo faz a leitura do sonho, do campo semântico e de todas as variáveis, fisionômico, cinésico e proxêmico.

Todo o diálogo está ali presente também e no segundo sonho percebemos que os sinais ficam entrelaçados. Vejam no gráfico os sinais se cruzando até o início do sonho e mais radical ainda é a indiferença entre ontopsicólogo e o cliente. Esse momoento se verifica aquilo que o Professor chamava de unidade de campo, ou seja, o ontopsicólogo e o cliente viram uma percepção só, uma leitura só. Isso é muito bonito e muito forte.

Em seguida temos outros gráficos que dizem a mesma coisa: para todas as variáveis, encontramos essa situação e ao comparar e calcular a correlação dos sinais durante o relato do problema que a pessoa tinha, no minuto do problema, no minuto do sonho, percebemos que essas correlações são muito elevadas durante o momento do sonho, observem.

Abaixo a tabela com as correlações entre os sinais do ontopsicólogo e do cliente comparando o momento do relato do problema e o momento do relato do sonho.

Os resultados apresentam diferenças significativas, o que nos leva a crer existe alguma coisa acontecendo. Não se trata de uma mera coincidência ou um mero efeito da comunicação verbal. Poderíamos testar esse fenômeno à distância com barreiras? Nós nos baseamos e nos inspiramos no experimento do entrelaçamento quântico. Serviu de inspiração para que fizéssemos a proposta do design do experimento.

O entrelaçamento quântico que serviu de inspiração para propor o design experimental

Temos três referências importantes na história do entrelaçamento quântico. Albert Einstein, foi o primeiro cientista que propôs a ideia do que eles chamavam de “ação assombrada à distância”. Ele falava que era impossível de acontecer, pois fere o princípio da localidade.

O francês, Alain Aspect provou, que é possível quebrar o princípio da localidade. Como ele, muitos cientistas até acontecer a prova, em 1982, quando ganhou um prêmio por isso.

Anton Zellinger, que vive em Viena, trabalha com teletransporte. Essa realidade técnica do entrelaçamento quântico permite que a humanidade comece a falar de teletransporte. O que é teletransportado não é a energia, não é o corpo que vai de um lugar ao outro, mas a informação. A informação salta de um ponto para outro e com isso é possível o teletransporte, porque você reconstitui o modo de ser da energia em outro lugar. 

A China está muito avançada nisso, estão construindo uma internet instantânea planetária. A China está realmente muito na frente e é por isso que é vista como ameaça pelas grandes potências. Conseguiram já realizar experimentos comprovados, publicados na ‘Science’, de “ação assombrada” à distância de nível espacial ou seja, distância de dezenas de milhares de quilômetros. Está demonstrado o fenômeno. Falta ainda demonstrar isso, de uma maneira muito vigorosa com os seres humanos.

Premissas da pesquisa desenvolvida

Nós nos inspiramos nesses experimentos de entrelaçamento quântico. Para isso, era preciso eliminar alguns fatores. Primeiro ponto era que o emissor do campo semântico não poderia dar nenhum tipo de instrução ao receptor, ou seja, eles não podem se comunicar, nem antes, nem durante, nem depois do experimento.

O segundo ponto que preciso garantir é que o momento da comunicação deveria ser aleatório, se de fato houvesse uma comunicação. Não poderia ser no mesmo momento pois dessa forma viciaria a amostra.

O terceiro ponto é que os dois sujeitos da pesquisa não poderiam saber se leriam um sonho ou um manual de computador. Então eles não sabiam se eram do grupo controle, como chamamos em pesquisa científica, ou do grupo experimental.

Mais um ponto, que foi inspirado na pesquisa do Aspect, é que era necessário utilizar uma informação capaz de apresentar o estado energético daquele sistema, no caso o sistema aqui é o ser humano. Com base na minha primeira pesquisa de doutorado em psicologia e já conhecendo o profundo impacto que os sonhos têm no nosso sistema nervoso autônomo, optamos por utilizar o sonho. Então escolhemos trabalhar com os sonhos pelo fato de representarem a informação de como está uma pessoa, mas para isso era necessário que fosse um sonho recente, inédito, não poderia ter sido contado para ninguém ainda. 

O fato é que os sonhos mexem com balanço autonômico. Quem pesquisa sobre sonho, já deve ter ouvido falar da expressão “emotional storms”, tempestades emocionais. Então se diz que durante o sonho existe uma descarga emocional brutal. O sonho é um momento que visa restabelecer o equilíbrio, a homeostase do organismo. Então tudo aquilo que você não viu durante o dia, ou não quis ver durante o dia, por limitações, por crenças limitantes, vieses de juízo, tudo aquilo que você não quis ver, impactou energeticamente. Então fica como tensão no seu corpo e durante o sonho você vai reproduzir imagens que descarregam essas tensões ou informações que ficaram ressoando, criando distonia nos nossos corpos vivos.

Desenho experimental

Esse foi então o desenho experimental, como eu contei para vocês: colocamos uma pessoa no laboratório, a segunda pessoa no outro laboratório, cerca de cinco minutos de caminhada, em prédios diferentes. Além disso essa pessoa estava com uma blindagem eletromagnética, dentro da gaiola de Faraday que elimina qualquer sinal eletromagnético.

Utilizamos três instrumentos de medida, não só dois. Então foi um oxímetro digital para medir pulsação cardíaca e saturação de oxigênio; um relógio polar que é um relógio especial para medir intervalos R-R, que são a medida mais precisa da variabilidade do batimento cardíaco; além desses dois instrumentos, também o equipamento gdv-kirlian, que era colocado no braço, mais ou menos na região do pulso.

Para afirmar que houve uma variabilidade do batimento cardíaco, que o sistema nervoso autônomo se alterou é necessário compreender que o sistema nervoso autônomo tem um braço que é parassimpático e um braço que é parassimpático. O braço simpático é tipicamente associado com à ação, defesa, fuga e adrenalina, portanto é aceleração e o parassimpático é o relaxamento, a cura, a intuição, os momentos de prazer.

O experimento foi realizado com 50 duplas, então foram 100 medidas ao todo, pois cada dupla media duas vezes. Então uma vez o sujeito A estava fora da gaiola lendo o sonho ou o manual e o sujeito B, estava dentro da Gaiola. Depois eles invertiam de posição. Desses 100 participantes, 40% eram mulheres e 60% homens, com idades variadas em média de 34, mínimo de 18 e máximo de 65 anos. Foram 42 medidas do grupo de controle e 58 medidas do grupo experimental.

Essas pessoas preferencialmente não se conheciam e viviam em cidades distintas.

Deu bastante trabalho, pois foram realizadas muitas viagens levando pessoas para Campinas. Também foram convidados professores da Unicamp, alunos, amigos, amigos psicólogos. Pesquisa com seres humanos não é fácil pois não é fácil conseguir os sujeitos para participarem da pesquisa.

Antes de ser registrada qualquer medida, os sujeitos da pesquisa deveriam escrever numa folha de papel o sonho recente daquela noite e nenhuma outra informação. Nós dobrávamos essa folhinha de papel, guardávamos e então cada sujeito ia para o seu espaço isolado.

O Sujeito A ficava no laboratório com uma mesa de apoio, o LAT – Laboratório de Alta Tensão. Então ele ficava lá sentadinho no escritório do laboratório, nós ligávamos os os instrumentos de medida e ele recebia uma instrução: Essa folha dobrada pode ter um sonho ou um manual tecnico. Você deve abrir e ler no momento que preferir a partir do 5° minuto e 15° minuto de medida. Anote o momento do início da leitura e o momento do final da leitura. Abra em silêncio e faça uma leitura reflexiva e silenciosa do conteúdo.

O sujeito que estava na gaiola de Faraday simplesmente era orientado a entrar, sentar e esperar. Ele também não sabia o que seria lido pela sua dupla. Apenas era tirada a sua sua medida por 20 minutos.

Nenhuma comunicação era permitida.

O que EPI/GDV mede?

A técnica EPI/GDV consiste em aplicar uma descarga elétrica que estimula a emissão de fótons da pele, utilizando uma câmera fotográfica digital que captura essa descarga de luz. Esse fenômeno ocorre principalmente pelo transporte de elétrons Pi via tunelamento quântico. Em termos práticos, essa técnica permite realizar uma medida indireta dos recursos energéticos no nível do funcionamento molecular de proteínas complexas das células, refletindo a atividade do SNA e o balanço dos sistemas Parassimpático e Simpático.

Sobre os instrumentos de medida, por que é tão importante a medida que confirmassem um impacto no sistema nervoso autônomo? Porque nós não temos controle sobre esse sistema do balanço autônomo. Então se o balanço fosse variado no momento da leitura, no caso o sujeito lendo o seu sonho e você está distante e isso te tocasse, isso te alterasse, lá distante, dentro da gaiola de Faraday é porque, efetivamente, a gente estava diante de um fenômeno novo.

De onde veio a ideia do sonho?

Como já falei, veio da outra pesquisa de PHD, mas também de minhas muitas leituras. Tem uma nota de rodapé no livro do Campo Semântico de Meneghetti que fala que o campo semântico se apresenta quando o sujeito relata o sonho.

Então sabendo disso, da atividade clínica, psicoterapia e consultoria, entendemos que quando o sujeito conta o sonho, é um momento muito especial. Então tem muita informação, essa informação é muito densa, viva, presente.

Meu raciocínio foi: se o campo semântico se apresenta quando o sujeito conta o sonho, quando um outro sujeito ler o sonho, talvez a pessoa que é o sonhador seja impactado à distância. Vejam que é como se ele tivesse contando um segredo para alguém, mas só está contando o segredo no momento que alguém lê.

Em física nós chamamos esse fenômeno de colapso de onda. Então o colapso de onda, o contato com aquela informação, se dá no momento da leitura.

Como foi feita a normalização de dados?

  1. Existem diferenças estatisticamente significantes comparando os sinais de sujeito “dentro” (Inside) ou “fora” (Outside) da gaiola de Faraday considerando o momento como fator: Antes, Leitura, Depois?
  2. Os sujeitos “fora” diferem durante o momento da Leitura ao comparar os grupos Experimental versus Controle?
  3. Os sujeitos “dentro” diferem durante o momento da Leitura comparando os grupos Experimental versus Controle?
  4. Os diferentes instrumentos se confirmam ou se contradizem?

A primeira normalização foi em relação ao tamanho da medida. As medidas tinham que ter o mesmo tamanho do ponto de vista de tempo. Então, um minuto antes da leitura e um minuto durante a leitura. Para comparar a transição leitura pós leitura, é preciso pegar o minuto de leitura, considerando a média das leituras de um minuto e o momento depois.

Os dois grupos leram ou o sonho ou o texto tecnico, que era um manual de uma impressora, de computador. Ou seja, era um texto que não se referia a nenhum ser humano. Como não se referia a nenhum ser humano, tem uma natureza diferente da natureza do sonho.

Fomos questionados na defesa também sobre o motivo de não termos testado com um sonho inventado. Poderíamos ter feito um sonho placebo. Geralmente o sonho inventado não diz respeito a alguém. Nesse caso, optamos por fazer o experimento com algo que com certeza não teria uma natureza igual a do sonho, como foi o caso do texto tecnico.

Essa diferença favorece a medida do impacto que o sonho tem em quem lê. Tem realmente um impacto muito grande?

Então foram feitas diversas perguntas para análise dos dados, depois da normalização.

Será que na hora da leitura existe uma variação estatisticamente significante dos sinais fisiológicos do sujeito que está dentro da Gaiola de Faraday, é diferente quando lê sonho ou quando lê um outro texto tecnico? Será que isso é verdade?

Foram várias perguntas respondidas com os resultados da pesquisa.

Para o sujeito que está fora da Gaiola de Faraday, existe diferença quando ele lê um texto técnico ou lê um sonho? O corpo dele se comporta de maneira diferente? Batimento cardíaco, respiração, emissão de fótons, variabilidade cardíaca?

Foram três instrumentos utilizados na pesquisa, eles se confirmam ou se contradizem?

Isso é muito importante porque se todos os três instrumentos confirmam o mesmo resultado, estamos diante de um resultado mais forte, cientificamente falando, um resultado robusto. 

Para considerar, que definitivamente provamos o campo semântico, precisamos de pesquisas futuras. Essa pesquisa precisa ser reproduzida, com um maior número de sujeitos e diferentes testes.

Meu orientador, José Pissolato Filho e eu já temos o desenho científico para realizar as próximas pesquisas, onde melhorar, estamos bem tranquilos com relação a isso. A Nathália Perin foi assistente de pesquisa, ajudou bastante porque deveríamos estar nos dois laboratórios simultaneamente. Ela cuidava tipicamente de quem estava no LAT, fora da Gaiola de Faraday e eu cuidava de quem estava na gaiola de Faraday. Então é necessário uma certa equipe para fazer essa pesquisa. Uma pessoa sozinha não consegue fazer.

Então agora vou compartilhar novamente alguns gráficos com os resultados desses números das 100 medidas.

FREQUÊNCIA CARDÍACA (PR) E SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO (SPO2) NA TRANSIÇÃO ANTES-LEITURA

Do lado esquerdo superior, temos o coeficiente de variação normalizado, é um coeficiente que diz como está variando ao longo do tempo uma determinada variável, no caso aqui é a frequência cardíaca, a quantidade de vezes que o coração bate por minuto.

Em seguida vemos a transição do antes para a leitura. Esses gráficos, as linhas fininhas, são o grupo de controle de quem está fora da Gaiola de Faraday, quem está dentro da Gaiola está representado nas linhas grossas. Podemos ver como varia o sistema cardíaco dos sujeitos que estão dentro.

Em baixo temos um menos o outro elevado ao quadrado e conseguimos perceber que tem uma diferença brutal. Podemos até não gostar do jeito que a diferença está apresentada mas existe uma diferença gigantesca entre o grupo de controle e o grupo experimental.

Do lado direito vemos a parte da respiração, a saturação de oxigênio no sangue. Nenhum de vocês controla a saturação de oxigênio no sangue, mas também claramente, a gente tem grupos de curvas separados. O grupo experimental são as linhas grossas, com a saturação de oxigênio completamente diferente do grupo de controle. Essas variáveis aqui, visualmente são aquelas que ficaram mais bonitas, são aquelas que a gente mais gosta. A gente gosta de gráficos bonitos, né?

Na pesquisa da academia é preciso mostrar tudo, o que deu bom e o que não deu. É isso que eu vou mostrar para vocês aqui também.

RESULTADOS EPI/GDV CONSIDERANDO A TRANSIÇÃO ANTES-LEITURA (BEFORE-READING)

Então aqui vocês podem ver o coeficiente de variação, que é a normalização do desvio padrão do sinal com relação às diversas variáveis do Kirlian, da emissão de fótons das pessoas. O grupo experimental, representado com pontilhado, está no gráfico da energia medida em joules. Eu meço os fótons emitidos pelo corpo do grupo experimental de quem está fora da gaiola e exatamente no momento zero vocês veem um disparo no nível. Vem aqui de um certo grau de variabilidade, mais ou menos em 10% e salta para 30%, triplica. Embaixo é possível ver a curva do grupo experimental das outras duas variáveis.

Abaixo, no lado esquerdo, conseguimos ver a mesma curva com relação ao antes e a leitura. No momento zero começa a leitura do sonho e também no grupo experimental, portanto é a leitura do sonho, de quem está dentro da gaiola.

A pessoa que está dentro da gaiola vem caindo o padrão e quando chega no zero parece que fica, do zero até o 20 praticamente plano, sem nenhuma mudança. Ou seja, os 20 primeiros segundos de leitura do sonho, a mediana de tempo de leitura do sonho deu 33 segundos. Aqui 20 segundos corresponde bem ao momento de grande impacto. O sujeito pegou o sonho, começou a ler, então aqui você teria um grande impacto e depois você tem de novo uma mudança da curva, uma mudança de tendência.

INTERVALOS R-R INTERVALS CONSIDERANDO AS TRANSIÇÕES ANTES-LEITURA E LEITURA-DEPOIS

Esses resultados aqui, para mim, foram inesperados, mas foram muito bons também. São resultados em que a gente vê, do lado esquerdo, o que acontece com as pessoas que estão do lado de fora, aqui nessa linha grossa, vocês veem que praticamente a variabilidade cardíaca dá um salto significativo. A medida de variabilidade cardíaca é a considerada mais robusta para dizer que houve uma mudança no sistema nervoso autônomo, então esse aqui, realmente, foi um resultado muito bacana. A curva fina é o grupo de controle, que praticamente não tem alterações.

INTERVALOS R-R INTERVALS CONSIDERANDO AS TRANSIÇÕES ANTES-LEITURA E LEITURA-DEPOIS

Aqui em cima temos o grupo experimental, que aqui no zero faz um declive para quem tá fora. No lado direito vocês veem o que está acontecendo no grupo experimental, agora para quem está dentro, comparado com o grupo controle, que tem essa barriga para baixo. O grupo experimental tem essa ondulação aqui em cima. Estatisticamente e de maneira relevante eles são diferentes.

O gráfico serve só para mostrar esse tipo de detalhe. Vou pegar o gráfico de baixo da direita, dentro da gaiola, no grupo experimental representado com o pontilhado grosso. Nesse gráfico, mais ou menos, alguns segundos antes da leitura do sonho, quase como se houvesse uma antecipação, temos uma queda significativa de 8 para aproximadamente 7, ou seja, 1% de queda nos coeficientes de variação. Depois eles voltam a crescer lá pelo segundo 25, 24. Esses são os resultados da análise feita de variabilidade cardíaca.

RESULTADOS DA ANÁLISE DE VARIABILIDADE CARDÍACA CALCULADOS COM KUBIOS HRV SOFTWARE

Não vamos conseguir explicar no tempo dessa aula o significado de todas essas variáveis RMSSD, SD1 dividido por SD2, mas são todas as variáveis que demonstram um pacto com o sistema nervoso autônomo. Vou pedir para vocês olharem com atenção aqui o grupo experimental que tá dentro. O azulzinho é antes, o vermelhinho é durante a leitura e o verde é depois da leitura.

RESULTADOS DA ANÁLISE DE VARIABILIDADE CARDÍACA CALCULADOS COM KUBIOS HRV SOFTWARE

Observem a mesma coisa que no grupo controle, que tá aqui do lado, quem tá dentro, praticamente não tem a menor dúvida de que a gente está diante de uma situação muito diferente. Do lado direito inferior, no Var SD1 e SD2 é mais fácil de ver que o grupo experimental tem um comportamento diferente do grupo controle. O grupo controle, você tem um aumento da variabilidade de SD1 e SD2 e no grupo experimental você não tem essa diferença. Mais uma vez mostrando a diferença entre os grupos.

Cientificamente falando é importante mostrar que tem uma diferença, um comportamento diferente desses dois grupos. Assim vamos vendo que essa relação se repete, índice de estresse, variabilidade do próprio intervalo R-R e assim sucessivamente, frequências dos batimentos cardíacos. Olha essa daqui, a variância da relação entre as frequências baixas e frequências altas.

RESULTADOS DA ANÁLISE DE VARIABILIDADE CARDÍACA CALCULADOS COM KUBIOS HRV SOFTWARE
RESULTADOS DA ANÁLISE DE VARIABILIDADE CARDÍACA CALCULADOS COM KUBIOS HRV SOFTWARE

Aqui para o sujeito que está dentro da gaiola de Faraday, grupo experimental. O azulzinho antes, ele cresce 16 vezes e quando você vai para o grupo de controle, praticamente não tem nenhum tipo de mudança. Potência do coração e por aí vai.

Vou mostrar o último gráfico, que eu gosto muito, onde vemos que os sujeitos do grupo controle, onde não houve a leitura do sonho, dentro da gaiola de Faraday, a proporção entre a atuação do sistema parassimpático e sistema simpático é tipicamente abaixo de 30.

SNS X PNS INDEX – RESULTADOS CALCULADOS COM KUBIOS HRV SOFTWARE

Aqui do lado direito está o grupo controle, o verdinho é o parassimpático e o vermelhinho é o sistema simpático. Então vocês vão olhar aqui, tanto para quem está fora, como para quem está dentro, você tem aqui, tipicamente tudo abaixo de 30. Já no grupo experimental, já tem valores superiores e durante a leitura percebemos o incremento, tanto para quem está dentro quanto para quem está fora.

SNS X PNS INDEX – RESULTADOS CALCULADOS COM KUBIOS HRV SOFTWARE

Já no grupo controle, para quem está dentro, existe uma diminuição da proporção de parassimpático, o sujeito fica tenso e nervoso, enquanto que aqui  o sujeito acalma e fica bonzinho, como se dissesse: “Contei meu segredo, agora fiquei calmo.”, esse outro fica: “Caramba, não segredo, e agora”?

O corpo sinaliza, obviamente, não precisa dizer, que o sujeito não tem a menor consciência do que está acontecendo. Eu vou saltar toda essa parte estatística e só vou dar as respostas para vocês. A resposta é sim para todas as variáveis normalizadas, exceto para a respiração de oxigênio, uma das primeiras respostas. Então os grupos são diferentes, o grupo controle e o grupo experimental é diferente.

A segunda pergunta aqui era se existe uma diferença estatisticamente significativa entre o grupo experimental e controle. Quando a gente olha os momentos, aqui está o resultado: sim. E o mais legal de tudo que está aqui no final que é o seguinte. Os grupos também são significativamente distintos e no momento da leitura, em duas das variáveis normalizadas ali, para quem tá dentro: batimento cardíaco, com uma segurança enorme.

O P é o grau de segurança, de confiabilidade dessa comparação. No caso do R-R, do intervalo R-R, a confiabilidade é menor, então da ordem de 25%, mas ainda sim, é aceitável estatisticamente como resultado.

Acho que posso parar de compartilhar a tela e os gráficos e ir para um tema mais concreto para vocês.

Conclusão

Os cientistas falam sobre a possibilidade de campos de informação, de transdução de informação sem deslocamento de energia. A Ontopsicologia assinalou isso muito claramente na sua estrutura científica. De toda forma, muitos cientistas no mundo pesquisam sobre essa temática e demonstram que se trata de uma possibilidade.

Uma das melhores teorias para explicar o fenômeno de campo, que o professor José Pissolato explicou nas lives passadas, é a teoria do David Bohm. O materialismo era a principal força na época e obviamente a ideia de que o campo precedesse a matéria não podia vencer.

Esse fenômeno do entrelaçamento quântico que serviu de modelo, já foi demonstrado, já está sendo utilizado para fazer comunicação à distância e internet instantânea, encriptação inquebrável, uma série de aplicações em teletransporte também.

A questão toda que precisamos conciliar é que o entrelaçamento quântico é um fenômeno que acontece com partículas subatômicas, o campo semântico acontece com seres vivos. Mas os seres vivos são feitos do quê? São feitos de partículas subatômicas.

De fato, na descrição que Meneghetti faz do Campo Semântico, ele começa falando sobre a polarização. Fala sobre o conhecimento, a interação viva que nós temos uns com os outros, a possibilidade de conhecimento à distância, a possibilidade de interferência à distância, comunicação à distância, de conhecimento à distância.

Tudo isso está ligado a lógica quântica de que o todo, o universo é unido. Todo unido como um universo. Então em qualquer ponto do universo, ele é já ligado a priori, com os outros pontos do universo. Esse modelo fantástico de conhecimento produz um desdobramento das primeiras ressonâncias emocionais, variações que a gente começa a perceber, emoções, e depois essas variações se sintetizam no sistema nervoso como intuições, percepções, sonhos e assim sucessivamente.

Meneghetti pressupõe que esse processo é um processo físico, não poderia ter falhas. Ou seja, as partículas subatômicas não conhecem opiniões, elas não foram para a escola, só conhecem a realidade. Ou é, ou não é. Então como explicar que o conhecimento humano não fosse exato? Uma vez que o princípio dele está no campo semântico e então vem a próxima descoberta que estudaremos que é a descoberta do monitor de deflexão. Meneghetti chamava o Monitor de Deflexão de grelha de despolarização.

O monitor age introduzindo, interferindo ou anulando a onda original do campo semântico, isso perdemos a informação da intuição.

Esse é o motivo de não termos um pensamento com nexo ontológico. Nosso pensamento vaga nas ideias, na superfície de uma consciência que não está radicada no mundo da vida, no mundo do campo semântico, no mundo das intuição e puras, num mundo que é pré-verbal, pré-reflexivo, é um mundo de interações reais.

Essa pesquisa atingiu três resultados principais:

  1. Confirmar que o sonho afeta profundamente o balanço autonômico dos sujeitos, não apenas daqueles que sonham, mas também daqueles que o ouvem ou o lêem.;
  2. Mostrar que o balanço autonômico pode ser modificado à distância e com barreiras (blindagem eletromagnética), estabelecendo um marco experimental em uma área onde experimentos costumam funcionar apenas em casos muito especiais.
  3. O uso dos sonhos, um fato que atravessa culturas, etnias e períodos históricos da humanidade, cria uma ponte natural entre cientistas de muitas áreas e abordagens epistemológicas.

Com essa pesquisa também concluímos que os sonhos, de fato, parecem representar o estado energético de um ser humano. Parece realmente que isso é um fato e isso explica porque ele mexe com o balanço autonômico. Também quando estamos acordados, não só quando dormimos e justificaria também o interesse milenar que a humanidade tem de compreender o significado. Ou seja, não é possível que a humanidade inteira se interesse pelo sonho, todas as culturas, todos os momentos históricos e que isso fosse uma mera balela, que o ser humano fosse tão estúpido de se interessar por algo que fosse uma balela.

Muitos cientistas têm demonstrado, entretanto, que o fato que o princípio físico da ação e reação não faz exceção na experiência humana, desde que levemos em consideração a intencionalidade no modelo de causalidade, ampliando o conceito de realidade da Física.

Essa pesquisa representou apenas um primeiro passo, mas seus resultados nos dão boas razões para apoiar a possibilidade da transdução de informação sem deslocamento de energia, uma comunicação para além dos cinco sentidos e eletromagneticamente independente, quebrando o princípio de localidade, como muitas teorias supõem.

Trabalhos futuros incluem a melhoria do desenho experimental, incluindo maiores distâncias, medidas de EEG e do ENS, bem como procedimentos que permitam “ouvir” diretamente a voz do sonhador ao invés de apenas “ler” os sonhos em um pedaço de papel, em um desenho duplo cego, onde nem os participantes, nem o pesquisador saiba o que será lido/ouvido, elevando o número de participantes para a casa do milhar.

Considerando os desafios científicos que o conceito de campo de informação representa, é natural que haja ainda muito trabalho a fazer e muitas perguntas a serem respondidas, mas do que respostas definitivas para dar. Não obstante, é justo afirmar que um marco tenha sido estabelecido no progresso rumo a uma teoria unificada da realidade.