Vídeo

Série 40 Lições – Aula 14

Iridologia e Irisdiagnose Prof. Celso Batello

IRIDOLOGIA E ÍRISDIAGNOSE 

Celso Batello
10.02.2021

Neste capítulo compreenderemos o que é a íris, o que ela pode mapear sobre um sujeito e como se realiza a írisdiagnose.

Vamos começar falando sobre Iridologia.

O que é a íris?

A íris é o universo. Quanto mais você souber a respeito do Universo, maior aplicabilidade você encontra no estudo da íris. Na verdade a íris é o olho, consideramos uma terminologia cunhada no período de 1800, que é a fenomenologia oftalmotrópica. Não envolve apenas a íris, mas a pupila, que é a esclera que serve como parâmetro para avaliar.

O que se avalia em uma íris?

A íris é um microssistema. Microssistema é a menor porção que tem na formação do todo. Podemos utilizar como exemplo a orelha, que serve no aurículo como microssistema, da mesma forma o nariz, a mão, a boca. Considero a íris como o microssistema mais inteligível que existe. Ali você tem, como nenhum outro microssistema, o sistema nervoso autônomo e todas as reações biológicas. 

Uma prova irrefutável do valor do microssistema é a experiência da ovelha clonada, a Dolly. Quando se pegou um óvulo congelado, retirou-se uma célula mamária, não sexual – não era um gameta, e foi colocado no núcleo retirado, o resultado foi a Dolly. Uma célula não sexual, não gameta, resultou na Dolly. Esta é a maior prova da existência do microssistema. O microssistema é a menor porção que tem formação no todo. 

Foto 1 – Íris

Como se faz a leitura de um microssistema? 

É importante ressaltar que não se faz diagnóstico, em hipótese alguma, na Iridologia. Isto é um dado de suma importância. O que ela dá a entender são os órgãos de menor resistência. 

Foto 2 – modelos de íris

O embrião, no segundo ou terceiro mês, possui um tubo digestivo primitivo, como uma caneta: boca e ânus. O restante do corpo, como se fosse o prendedor da caneta, seria a área do cérebro.

Uma imagem contendo rosquinha, banana, perto, mesa

Descrição gerada automaticamente
Foto 3- região correspondente do estômago e intestino

Na segunda pupila registrada na foto, se visualiza uma estrutura marcada, como se fosse um colarete – a veste que os juízes e promotores usam em suas audiências. Esta estrutura que está dentro do colarete, corresponde ao estômago, ao intestino. Toda estrutura saliente é o entorno que circunda a parte mais escura, que representa o Sistema Nervoso Autônomo – simpático e parassimpático. Então, nenhum outro tipo de análise, de constituição, dá uma ideia tão precisa do simpático e do parassimpático, como a iridologia. Isso é uma ideia.

Uma idéia de constituição na iridologia é que existem apenas duas cores da íris, a íris azul verdadeira, e a marrom verdadeira. A azul é chamada linfática. 

Na Foto 2 é possível visualizar no primeiro olho a íris linfática. O que isso revela? Que a debilidade deste indivíduo, de íris azul está voltado mais para o linfático. Por sua vez, um outro modelo de olho marrom, é chamado hematogênica ou sanguínea. A debilidade está voltada para o sangue e para o cardiovascular. Então já conseguimos ter uma ideia geral a priori da debilidade da pessoa. Depois, temos um terceiro tipo que é a mistura de ambas, Foto 4, conhecido como Misto Biliar, que é a mistura das duas.  A debilidade deste individuo está na dificuldade de eliminar toxinas pelo fígado e pelo rim.

Interface gráfica do usuário, Aplicativo

Descrição gerada automaticamente
Foto 4- misto biliar

O critério de constituição é dado primeiramente pelos três tipos de cor, mas também pela densidade. Densidade é qualquer coisa dentro de qualquer coisa, uma relação massa/volume. Imaginem um copo de água que você coloca leite em pó e dissolve. Na medida em que você vai colocando leite, você vai melhorando a densidade. A íris é a mesma coisa.  Então, uma íris compacta, que se assemelha, por exemplo, a um tecido de seda, ela é compacta, tem uma boa densidade, um bom organismo. Ao passo que, aquele modelo de íris, ilustrado na Figura 1, tem mais abertura de fibra. Nesse caso, trata-se de um organismo com menor densidade, um pouco mais fraco, mais sensível.

Como é feita a leitura da íris? Consideramos uma carta topográfica.

Foto 5 – Mapa de Iridologia

A íris direita, falei que era semelhante a uma caneta, então a região em torno da pupila corresponde à carga da caneta, o corpo da caneta é o restante, e o prendedor da caneta, como se fosse a região do cérebro que é na região entre 11h e 1h. A íris direita tem a representação de todos os órgãos direitos, vejam o rim na região onde está escrito Kidney.  Nessa uma carta topográfica conseguimos identificar os órgãos de menor resistência.

A íris está pronta aos 6 anos de idade e não muda mais, sua densidade não muda.  Como identificamos um órgão de menor resistência?  As áreas que possuem uma menor densidade supõe uma menor resistência.

Eu sou pioneiro na iridologia, uma vez fiz um livro de veterinária com a Claudia. Foi levar esse livro na universidade e lá tinha um papagaio que convulsionava. Então explicaram que ele tinha alguma coisa na área cerebral, espinha bífida, que é a teoria do Maffei. Porém, eu identifiquei um problema de traqueia. O veterinário respondeu que ele tinha uma osteomalácia, uma não calcificação adequada. O que possivelmente acontece é que a traqueia colaba, não entra oxigênio de maneira adequada e o animal convulsiona por hipóxia – falta de oxigênio. Isso tudo foi identificado naquele momento pelas informações que a íris deu.

Uma imagem contendo relógio, rosto, urso

Descrição gerada automaticamente
Foto 6 – Pigmento região do fígado

Na foto 6, visualizamos um pigmento de cor escura. Essa pigmentação pode aparecer depois, ao longo da vida. Nesse caso, podemos entender que talvez o fígado não esteja funcionando bem. A densidade em si da íris, a quantidade de fibras não muda de jeito nenhum, o que muda são esses pigmentos que podem aparecer. Então quando visualizamos uma íris, temos uma ideia da constituição geral do indivíduo e dos órgãos mais fracos. Nesse caso, vemos por exemplo, na região da traqueia, um lugar de menor resistência. 

Qual a finalidade de detectar um órgão de menor resistência? Embora não seja um diagnóstico, orienta a pedir os exames de maneira adequada. Fazer diagnóstico não é fácil, não é brincadeira. Quando temos a iridologia de apoio, é possível identificar o órgão sensível e então conferir com os exames: ultrassom, ressonância, exame laboratorial. Algo que vai de encontro a este tema é a doença, a psicossomática, o somatopsíquico.

Na minha experiência de mais de 40 anos, eu vejo muito o que o Prof. Maffei falava: “ninguém fica doente do que quer, fica do que pode”. Quando você detecta o órgão de menor resistência, ao ir melhorando aquele órgão, certamente você pode melhorar o organismo como um todo. Por que eu digo que é psicossomática e somatopsíquica? O zinco, por exemplo, ele participa de mais de 100 reações no organismo, 90 delas cerebrais, então a falta do zinco, por exemplo, pode influenciar no comportamento de uma pessoa. Então entra também na epigenética.

Erico: Uma questão de um participante – ele questionou sobre a mancha no olho. Se o sujeito toma consciência, trata o fígado, procura nutrir o fígado adequadamente (consulta sobre a nutrição dos órgãos, medicina tradicional chinesa, chás, ervas, alimentos etc.), a mancha desaparece?

Celso Batella: Não desaparece, nunca vi desaparecer. Uma vez eu vi, em um congresso, uma mancha que clareou um pouquinho. Porque ela é de depósito, ela vai depositando na camada da íris, realmente, não sai.  

Uma imagem contendo no interior, pequeno, marrom, xícara

Descrição gerada automaticamente
Foto 7 – Predominância sistema nervoso autônomo

Na foto 7 você vê a diferença de pupila e de colarete. Este indivíduo, tem uma característica dentro do sistema nervoso autônomo, de ser mais simpático, aquele cara mais ligado à adrenalina. Corresponde, na cardiologia, ao tipo A. Isso é dado por esta característica, este colarete de tom mais claro em volta da pupila, que dá ideia do sistema nervoso autônomo. Eu sou anestesista de formação, e o sistema nervoso autônomo é de fundamental importância, porque eu tenho um tempo na minha vida, o sistema nervoso autônomo é de vital importância para termos equilíbrio não só naquela hora da anestesia, mas também ao longo da vida.

Agora podemos entender também sobre a situação psíquica não apenas a física.

Rosquinha com cobertura de chocolate

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa
Foto 8 – Tipos diferentes de íris

O Denny Johnson criou um método Rayid, uma nova abordagem da íris, uma variação psíquica formidável. Conheço várias abordagens no mundo inteiro mas como o método Rayid nunca vi. Selecionamos alguns tipos básicos, por exemplo:

Uma imagem contendo pequeno, olhando, perto, mesa

Descrição gerada automaticamente
Foto 9 – irís azul compacta indivíduo “corrente” ou “sensação” em Jung

Esta íris da foto 9 é bem compacta. Denny Johnson chama este individuo de “Corrente”. Essa tipologia tem a finalidade de agregar, como se fosse corrente de água, se movimenta constantemente. Dentro do yoga, por exemplo aquele sujeito que faz a postura da árvore quietinho, paradinho, mas tem um desafio que é de não se mexer, este indivíduo é o “Sensação termo de Jung. 

Nathália: Pergunta de um participante sobre a borda externa, o contorno escuro ao redor do olho. Existem diferenças nas bordas mais escuras ou mais claras?

Celso Batella: Essa borda correspondente à pele, se for mais escuro significa que não está conseguindo eliminar as toxinas de maneira adequada, pela pele.

Uma imagem contendo pequeno, prato, rosto, mesa

Descrição gerada automaticamente
Foto 10 – Dificuldade de retorno venoso

Nesta foto 10 visualizamos a transição da íris com a esclera. Nessa região vemos que está mais azuladinho na esclera, na parte branca. Isso demonstra uma pessoa com dificuldade de retorno venoso, uma predisposição a varizes, hemorroidas, varizes pélvicas. Em cima disso, é possível indicar para a pessoa caminhar mais.

Rosquinha com cobertura de chocolate

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa
Foto 11 – Tipos diferentes de íris – marcação com a seta tipo “corrente”

Voltando para os tipos psicológicos, esse marcado com a seta é o “corrente”, que corresponde à “Sensação” no Jung. O oposto dele é este individuo aqui na foto 12, a 2ª íris parte superior na imagem acima.

Uma imagem contendo olhando, foto, pequeno, rosquinha

Descrição gerada automaticamente
Foto 12 – íris tipo “Flor” corresponde ao “sentimento” Jung

Parece uma flor e Denny Johnson chamou de “flor” e, por analogia, corresponde ao “sentimento”, de Jung. É impressionante a analogia que existe. Se você pegar o indivíduo Foto 13, Denny chamou de “joia” ou “diamante” que é um indivíduo que corresponde ao Pensamento, no Jung. 

Foto 13 – íris tipo “joia” ou “diamante” corresponde ao “pensamento” de Jung

Já vimos, assim, os três tipos básicos do Jung. Está faltando o Intuitivo – Foto 14. Essa tipologia é a junção do tipo “flor” com a presença dos pigmentos que caracteriza o “joia”. O intuitivo é tudo ou nada, 8 ou 80. 

Uma imagem contendo mesa, pequeno, perto, kiwi

Descrição gerada automaticamente
Foto 14 – íris tipo “intuitivo”

Podem existir variações. Se, por exemplo, tem muita pétala, aquele indivíduo é mais emocional. O ponta de lança, 8 ou 80, ele veio para mudar os padrões pré-estabelecidos. Esta é a função dele. Agora se tiver flor, pétalas, ele pode mudar pela emoção. Se ele tiver pigmentos, vai mudar pela razão. Então o que este individuo precisa aprender a fazer? Parar. Porque se alguém fala para um indivíduo assim virar o mundo de ponta cabeça ele vira, mas se falar para ele ficar quieto é difícil. Então a pessoa precisa aprender a ficar quieto, fazer um yoga, tai chi chuan, etc. A iris dá um mundo de informações. 

Erico: Na embriologia existe uma relação entre a formação do corpo e esta constituição? Essas formas nos olhos vão se construindo junto com a formação do corpo? Ou seja, quando a criança nasce, ela já está com todo este mapa construído ou ele vai sendo constituído no decorrer da vida, até os 6 anos da criança?

Celso Batella: Até os 6 anos, mas isso não quer dizer que você não consiga examinar uma criança. Consegue. Aliás, o organismo só vai estar pronto mesmo com 28 anos, quando toda a massa óssea esta pronta. A íris estará constituída especialmente entre os 6 e os 7 anos. 

Outro aspecto importante que aparece é se a pessoa é introvertida ou extrovertida, que é uma classificação de Jung também. Nessa írist da foto 15 podemos verificar: dentro do colarete, na área do estômago e intestino, no aspecto do Denny Johnson, está introversão ou extroversão. Esse individuo, um pouquinho mais escuro dentro do colarete, é do tipo introvertido. Lembrando que introversão não é timidez, timidez é orgulho. Introvertido é aquele sujeito que o mecanismo de compensação dele é mais interior: uma pessoa que tende a observar.

Uma imagem contendo no interior, marrom, pequeno, perto

Descrição gerada automaticamente
Foto 15 – tipologia introversa

Ao contrário, na foto 16 vemos uma estrutura bem clara em torno da pupila.

Uma imagem contendo pequeno, prato, segurando, rosto

Descrição gerada automaticamente
Foto 16 – tipologia extroversa

Na foto 16 vemos um individuo extrovertido, cujo mecanismo de compensação é mais voltado para o mundo externo. Vejam quantas informações temos por meio da íris. Um sujeito nasce de um jeito e vai se construindo.

Uma pessoa que possui a íris do tipo ponta de lança, por exemplo, é indicado que essa pessoa faça yoga, mude pela sua saúde. O tipo A da cardiologia quase sempre é aquele que quando não se cuida acaba tendo um infarto.

Outro aspecto na construção do eu de um sujeito que considero importante, o italiano Daniele Lo Rito, desenvolveu um estudo denominado chronorischio (chronos é tempo). Percebeu então que o tempo está registrado no colarete vejam na figura 17 o destaque em marrom.

Uma imagem contendo pessoa, segurando, olhando, grande

Descrição gerada automaticamente
Foto 17 – Identificação do tempo pela análise da íris – momento do nascimento

Na marcação com a seta, 12h, corresponde ao momento de nascimento do sujeito. É possível identificar se esse sujeito no seu tempo, antes do tempo ou se teve pós-datismo. No sentido anti-horário, às 9 horas temos 15 anos, às 18 horas temos 30 anos, que é a idade, às 15 horas 45 anos e voltando lá em cima 12 horas os 60 anos. Então, nesta estrutura está o tempo de risco da pessoa e a idade em que um sujeito está mais propenso a ter problemas, é impressionante como isto funciona. 

Um dia que estava em casa no domingo, abri o jornal e li uma notícia de uma pessoa que teve um acidente perimetral e tinha morrido. Vi que essa pessoa era meu paciente. Naquele momento fui até o consultório para verificar a fotografia do olho, naquela época eu revelava a foto. Justamente na idade correspondente a 22 anos, marcado na foto 18, ele veio a óbito. Verifiquei que havia mesmo uma alteração nesta estrutura, na banda do sistema nervoso autônomo.

Uma imagem contendo pessoa, segurando, vestindo, grande

Descrição gerada automaticamente
Foto 18 – tempo 22 anos de idade

Mais tarde, o irmão dele, que também era meu paciente disse que ele havia morrido porque faltou braço, reflexo do sistema nervoso autônomo. Então vejam o quanto a íris nos informa e o quanto é importante na construção do eu, chega a fatores epigenéticos. 

Até mesmo a força do individuo, o Chi, a energia vital está em torno da pupila. Da uma circundada aí, este escurinho aí, o tanque de combustível está aí. O que é formado lá, espermatozoide, óvulo, o chi – a força vital. Depois no azul, está ali a parte fenotípica.

Uma imagem contendo no interior, pequeno, segurando, olhando

Descrição gerada automaticamente
Foto 19 – marcação na parte fenotípica, mesma foto anterior

Na esclera, estes vasos marcados com a seta na foto 19 são as reações biológicas de momento, para mim, epigenética pura. Uma pessoa com hipotireoidismo, por exemplo. Conseguimos visualizar nessa íris, na posição de 15h, parte azul, a área de tireoide. Nessa íris muito provavelmente existe a identificação de um problema de tireoide. Se o hipotireoidismo não for tratado adequadamente em uma criança, ela não vai crescer, se desenvolver, terá idiotismo. Se entrarmos com iodo, corrigimos tudo isso. O iodo é ligado ao metal e essa é a visão que eu tenho, de que até os metais tem vida.

Erico: Dentro da questão epigenética, poderia parecer contraditório algo que se manifesta de acordo com condições ambientais e no entanto poderia se cometer o equivoco de julgar a ideologia como algo escrito na pedra. Como isso se conjuga?

Celso Batella: Não está cravado na pedra, está cravado aquilo que o Maffei falava – ele pegava na Santa Casa um raio X de crânio, de um epiléptico, depois pegava de outro e dizia que esse também era epiléptico. Por quê? Pela conformação do cérebro, pela simetria. Praticamente todos nós somos meio epiléticos. Não chega a ser um fator determinante. Se você cuidar desta estrutura, do funcionamento, possivelmente você não desenvolve. 

Para compreender que é nato, conto um exemplo. Um dia chegou um paciente em coma, todos rodearam o preceptor. Aparentemente não tinha nada e fizemos uma glicose nele. Naquele momento, ele acordou. Tinha, na verdade, uma hipoglicemia severa. Isto foi me chamando a atenção: se acontece de maneira crônica, pode acontecer também de maneira subclínica. 

Comecei a observar na íris pessoas que vinham com síndrome de pânico, todas tinham um sinal na íris na área de pâncreas. Pensei que não era o pâncreas digestivo, mas o pâncreas endócrino, então comecei a pedir a curva glicêmica. Acabei escrevendo um livro, estudei a  síndrome do pânico relacionada a hipoglicemia. Na época, todos diziam o seguinte: a cada 10 pacientes com pânico, 7 apresentam hipoglicemia. Você falou sobre ser pedra marcada, mas se for pedra marcada, temos condição como estratégia de evitar que isto aconteça. 

A iridologia tem muito disso, acredito que não se chegue a fenômenos epigenéticos. A própria definição do que é epigenético, que é a metilação de uma proteína. Teremos a estrutura toda para evitar que isto aconteça. 

Na aula passada o Dr. Ricardo Ghelman falou sobre Embriologia, Ontogênese e Filogênese. Eu escrevi livros, feitos com parceiros de portugal e com o Ricardo Ghelman, e um dos capítulos foi sobre a glândula pineal. Estudando o capítulo desde a filogênese, a embriogênese, a relação do cérebro que se une e depois as gônadas se separam – que é uma característica muito legal que ele coloca. Isto me fortaleceu a fazer o livro que escrevi que é chamado “Iridologia Comparada – Humana e Animal”. Aqui entra a filogênese.

Foto 20 – Livro Celso Batello e Marcos Dias “Iridologia Comparada: Humana x Animal”

Todos os vertebrados, que possuem os três tecidos embriológicos (endoderma, mesoderma e ectoderma) possuem a mesma formação de íris e a mesma formação do cérebro – crânio caudal. Este livro vai seguramente servir também para muita pesquisa.

Nessa imagem vemos algumas íris, mas o que varia é tão somente a pupila, uma questão de adaptação. A topografia da íris não muda. E a ave? A ave é um vertebrado e bípede, como nós. São coisas que a iridologia possibilita. Varia a pupila mas a topografia da íris é praticamente a mesma.

Diagrama

Descrição gerada automaticamente
Figura 21 – Íris nas Aves

Por que varia a pupila? Você pega, por exemplo, a de um cavalo, ela é horizontal. Mas por quê? É por uma questão de se proteger dos predadores. Aumenta o campo visual dele. Mas é a mesma coisa. No animal, você também consegue fazer uma iridologia dele, bem tranquila.

Rosto de animal mostrando os dentes

Descrição gerada automaticamente
Figura 22 – Íris de Cavalo

A iridologia começou a ser estudada a partir da observação da íris da coruja, a pedra fundamental, foi a coruja. Veja na figura 23 o olho marcado com a seta, muito parecido com a gente.

Coruja com olhos amarelos

Descrição gerada automaticamente
Figura 23 – íris de coruja

A iridologia vem de tempos imemoriais, na China cerca de 5 mil anos atrás era estudada, os egípcios, a população antiga já estudava os olhos de maneira bem profunda.

No caso dos animais, o organismo de um animal que seja fraco, não vai perdurar muito, então a íris terá uma característica peculiar. O leão come primeiro come as vísceras. Dessa forma, ele tem todos os nutrientes para se manter alpha, é o primeiro que chega e come as vísceras todas, cada alimento fortalece um órgão.

Uma imagem contendo gato, pássaro

Descrição gerada automaticamente
Figura 24 – Íris de um leão

Erico: Gostaria de entender um pouco mais sobre como nutrir cada órgão dentro deste conjunto. Pelo que entendi a relação que se utiliza é como nutrir cada órgão-alvo, que sejam os órgãos mais frágeis detectados na íris…

Foto 24 – Mapa de Iridologia

Este mapa serve para mostrar para quem não conhece a topografia. Na região em torno da pupila, vemos o estomago e o intestino.

Na íris direita do Rayid, temos a representação do pai e na íris esquerda a mãe. A íris direita representa o  hemisfério cerebral esquerdo, o pai. E a íris esquerda, a mãe. O interessante é que tem 46 áreas que são áreas que não são físicas e é muito impressionante. Vamos pegar o número de uma área.

A área 38 no mapa do Denny é virtude. O que se pode dizer a respeito desta área? O sentido de princípios espirituais indica que a pessoa tem que aprender respeito, aceitação, reverência, administração, honra, pureza, integridade, justiça, decência. O aspecto negativo é hipocrisia, intolerância, insultante, desdenha, irreverente e vai por aí. Então o que acontece quando a pessoa vê esta íris e lê, quase sempre ela se sente impactada com isso. O que o pessoal fala que o Rayid é comportamental mas ele é muito mais que isso, ele é Jung, Freud, Reich, e esta é uma área que você faz terapia cognitivo comportamental. Vamos supor que a pessoa esteja com uma característica em aspecto negativo, quando ela lê o aspecto positivo, quase sempre corrige. Ela toma consciência daquele momento e é impressionante como isto funciona. A gente não fala nada – porque o que eu digo é que a gente não está preparado para falar, para dar conselho. 

Como a Ontopsicologia dialoga ou pode dialogar com a Iridologia?

Erico: Em Ontopsicologia, podemos usar dois aspectos bem práticos:
1) Tudo aquilo que aumentar seu autoconhecimento é positivo. Estes outros conhecimentos que não são necessariamente ligados à atividade psíquica, como dinamismo, você colhe o dinamismo daquele momento de maneira muito precisa. Meneghetti trabalha com a ideia de um quadro psíquico que está em constante elaboração. Aqui-agora.
2) Colhe através de fenomenologias que incluem algumas variáveis: sintoma, linguagem fisionômico-cinesico-proxêmico, os sonhos, linguagem semântica que é o campo energético. Um conjunto de linguagens. São seis canais de diagnose, com os quais você pode fazer uma leitura completa da situação de um sujeito e pode, com base numa leitura precisa deste quadro psíquico, que é da pessoa, eventualmente trazer uma situação, uma diretiva. etc. 

Em Ontopsicologia, por ex., existem instrumentos para acessar este quadro psíquico, e ele pode estar sendo interferido no seu percurso natural. Isso pode obviamente me levar também à psicossomática. A iridologia é uma linguagem de compreensão do que está se passando, não em sentido tão dinâmico quanto este quadro psíquico, mas a um sentido que me leva a  compreender estruturalmente o sujeito. Órgãos são mais sensíveis e, portanto, mais inteligentes. Órgãos que podem ser alvos de psicossomática e também estas características temperamentais que são de temperamento, características comportamentais, que ajudam na compreensão fenomenológica de um sujeito. Não numa compreensão numérica. Compreensão de como aquela essência está se expressando aqui-agora porque ela já expressou e teoricamente já se consolidou em certa estrutura. Mas o sujeito aqui-agora, assim, ele é também fruto deste temperamento. Ao me aprofundar no entendimento destas características de comportamentos, tendências comportamentais, eventuais fragilidades, ou pontos-força, se ele é mais intuitivo, todas estas características ajudam um sujeito na sua autocomprenção e evolução.

Nathalia: Além disso, Meneghetti reforça muito a relação do ciclo biológico com o ciclo psíquico e fala que o instrumento do corpo é essencial para você interagir com a psique, estes dois ciclos devem andar junto.

Erico: A primeira palavra da alma é o corpo constituído…

Nathalia: Sempre direcionamos o conhecimento também para nutrir o biológico, conhecer o biológico, escutar as vísceras, escutar o próprio corpo, exercitar essa sensibilidade. Na aula passada “Nascimento do Eu”, falamos sobre a questão da matriz reflexa. Em Ontopsicologia se fala de uma fase onde existe um contato ocular da mãe (ou do adulto-mãe) com o filho. Isso introduz na criança uma primeira grande traição ao seu instinto que estava em curso. A questão é se esse primeiro grande trauma fica de alguma forma registrado também na íris. Ocorre de 2 a 6 anos.

CB – Sim, no colarete temos uma a representação da idade cronológica do individuo. Muitas marcas na idade de 6 a 12 anos a maior parte das pessoas não lembra. Pode ser algo neste sentido. Coisas que marcaram, não lembram mas estão lá.

Nathalia: Podemos verificar também a tipologia desta relação, que tipo de trauma foi aquele, se existe a tendência a somatizar em algum órgão especifico ou em algum temperamento específico que a pessoa vai ter mais dificuldade de lidar no decorrer da vida. Isto deve ficar bem registrado. 

Erico: Temos uma última pergunta. Existe a possibilidade de identificar uma neoplasia através da íris? Existem mudanças específicas na íris do paciente, ou tendência a…

Celso Batello : Não dá pra dizer que é, mas tendência, sim. Uma neoplasia tem características na íris que chamamos de sinal crônico degenerativo. Vou te dar um exemplo. Hoje se pede colonoscopia após os 50 anos. Eu peço desde sempre quando eu suspeitava de alguma coisa na área. Muitas vezes vinha um pólipo que tinha um sinalzinho, na íris, preto – pois a gente vê a camada pigmentar. Fazia a biópsia e dava um polipo que estava se diferenciando. E aí o que dá suspeita é a cor, e a profundidade, é a característica. É suspeita, mas não dá para dizer que é. É um processo crônico degenerativo do qual você vai atrás. 

Érico: Eu recordo que o sr. tinha comentado durante a análise de minha íris, em particular, além do que disse de forma didática, mas me disse de questões ligadas ao simpático e parassimpático, e tb o nível do intuitivo. Isto é demarcado por pontos como manchas dentro da estrutura? Isto poderia ter alguma relação com a pupila, com o escuro da pupila, o tubo elementar como se ele esparramasse e houvesse uma compenetração entre as zonas do olho?

Celso Batello: Tem tudo a ver. Os sinais na íris na esclera, da pupila, são corroborativos. Você vai somando, vai corroborando aquela possibilidade, entendeu.

Nathalia: Para finalizar, uma colocação. Em Ontopsicologia no processo contínuo de se conhecer, de autenticação, é esperado que a pessoa chegue a uma percepção plena, entrar em visão ôntica. É peculiar esse termo: visão ôntica – uma visão completa de si conforme o ser que nos põe, nosso critério fundante. A pessoa tem uma onisciência de si e uma transparência de percepção nesse processo. Existem momentos em que o ser humano está mais vital, tem essa visão mais holística de si, mais inteira, nesse caso fica com um olho mais aguado, lúcido. Outros momentos, que uma pessoa não está bem, está confusa, fica com o olho mais opaco, mais apagado. Existe também este estudo nesta linha na iridologia?

Celso Batello: Existe. Na medicina Chinesa principalmente se analisa o Shen da pessoa, o brilho no olho. Pelo Shen, se revela o espírito. Quando no consultório o paciente entra, só por olhar o olho é possível analisar ele melhorou ou não, pelo brilho do olho. Mas depois entra toda a mudança de hábitos que também é necessária.

Erico: É a tomada de consciência.