Ontopsicologia

Erotismo

Etimologia

Grego ἔρως (eros) = refere-se ao sentido de amor, o lugar de onde surge a força, poder criador originalmente divino. τίθημι (titemi) significa “colocar” ou “estabelecer”, enquanto o sufixo “-ismo” deriva do verbo grego εἰμί (eimi) = “ser”. Portanto, “erotismo” pode ser entendido como o lugar onde a força do ser, representada pelo amor criativo, se manifesta e se estabelece.

Significado

Em Ontopsicologia, o erotismo, junto com a agressividade, representam as duas posições fundamentais do ser concretamente individuado. O erotismo representa a capacidade, a força que nutre a própria identidade, enquanto a agressividade representa, em sentido primário, a defesa da própria identidade.

Historicamente, o termo erotismo passou a denotar uma expressão artística, literária ou comportamental que evoca ou descreve o amor, desejo sexual e atração erótica de maneira sensual, provocativa ou sugestiva, envolvendo uma gama de sensações e emoções relacionadas à sexualidade humana, muitas vezes explorando a sensualidade, o prazer físico e a intimidade emocional, mas essa conotação é meramente uma redução do sentido mais amplo e profundo do erotismo como força e prazer de ser.

Na contemporaneidade, o erotismo continua a ser um tema central na arte, literatura, cinema e cultura popular, refletindo as normas sociais, valores e tabus em torno da sexualidade. Além disso, o erotismo é frequentemente discutido em contextos acadêmicos, psicológicos e sociológicos, explorando sua influência na identidade, relacionamentos interpessoais e expressão criativa.

Já em Ontopsicologia, a abordagem psicoterapêutica em relação ao erotismo é justamente recuperar a capacidade natural que o sujeito deveria ter de concretizar na vida tudo aquilo que irá nutrir e, por conseguinte, fazer crescer e evoluir a própria identidade profunda na história, desdobrando o próprio ser na existência.

Caso não consiga traduzir as pulsões de crescimento, o sujeito entra em frustração e, posteriormente, torna-se agressivo em sentido impróprio, secundário, portanto, negativo para si e para o ambiente.

Ver também

Aulas de Ontopsicologia

Referências

  1. MABILIA, Valentina, MASTANDREA, Paolo, il Primo latino. Bologna: Zanichelli, 2015. ISBN 88-08337-15-4
  2. BONOMI, Francesco. Vocabolario Etimologico, disponível em <etimo.it>
  3. MENEGHETTI, Antonio. Dizionario di Ontopsicologia. Roma: Psicologica Editrice, 2001. ISBN 88-86766-75-0
  4. MENEGHETTI, Antonio, Manuale di Ontopsicologia, Roma: Psicologica Editrice, 2008. ISBN 88-89391-35-9
  5. ROMIZI, Renato. Greco antico. Vocabolario Greco Italiano Etimologico e Ragionato. Bologna: Zanichelli, 2006. ISBN 88-08-08915-0

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