Ontopsicologia

Sintoma

Etimologia

Grego σύμπτωμα (sýmptoma), derivado de σύμπτωσις (sýmptosis), que significa “acaso” ou “incidente”. “syn” = “junto” ou “com”, “ptoma” deriva de “piptein” = “cair”. A partir daí, o verbo συμπίπτω (sympíptō), temos “acontecer junto a” ou “ocorrer com”, expressando a ideia de algo que ocorre como um indicador ou efeito colateral de outro evento ou condição

Significados

A partir da etimologia grega, “sintoma” pode ser entendido como algo que “cai junto” ou “acontece junto” com outra coisa. Um fenômeno que corre junto a um outro que é sua causa, a sua raíz.

Em termos gerais, um sintoma é visto como um sinal ou indicação de algo, principalmente no contexto de problemas de saúde.

Em Medicina, um sintoma é uma manifestação subjetiva de uma condição ou doença percebida pelo paciente, como dor ou fadiga.

Já na Psicologia, um sintoma pode ser um comportamento ou uma queixa psíquica que indica um estado subjacente de sofrimento ou desordem mental.

Visão Ontopsicológica do “Sintoma”

Na Ontopsicologia, o sintoma é definido como um efeito de uma causa ainda não vista. Ele é um fenômeno que ocorre junto a outro que é a sua causa. Assim, um sintoma acompanha um acontecimento ou comportamento específico, sinalizando um conflito ou desequilíbrio interno.

Funções do Sintoma em Ontopsicologia

Dentro da abordagem ontopsicológica, os sintomas são vistos como expressões da atividade psíquica que precisam ser interpretadas para entender a causa subjacente:

  • Comunicação do Conflito: O sintoma serve como uma manifestação física ou psicológica de conflitos internos, agindo como uma linguagem semiótica do problema subjacente.
  • Defesa e Adaptação: Os sintomas podem funcionar como mecanismos de defesa, onde o corpo ou a psique tenta se adaptar à situação adversa ou ao conflito interno, preservando assim a homeostase e evitando problemas mais graves.
  • Direção Terapêutica: No contexto terapêutico, identificar e entender os sintomas permite a intervenção correta, direcionando para a resolução do problema mais profundo que causa as manifestações superficiais.

Desdobramentos

  • Ciência: O estudo dos sintomas na Ontopsicologia pode fornecer novas perspectivas sobre a etiologia das doenças psicossomáticas, sugerindo que a origem de muitos males reside na psique do sujeito e suas intencionalidades inconscientes.
  • Epistemologia: Analisa-se como o conhecimento sobre sintomas pode ser construído e validado, explorando a base do entendimento humano acerca dos sinais e suas causas subjacentes.
  • Filosofia: A Ontopsicologia entra no debate filosófico ao abordar a interrelação entre corpo e mente, e como sintomas se formam a partir de conflitos existenciais e intencionais, com um modelo compreensivo e integrativo para os fenômenos psicossomáticos.
  • Psicologia: fornece novas metodologias para entender e tratar sintomas, concentrando-se na causalidade psíquica e emocional subjacente, o que pode levar a uma abordagem mais holística da saúde mental e física.

Em resumo, na Ontopsicologia, o sintoma é uma linguagem expressiva das intencionalidades e conflitos internos do sujeito. O sintoma pode ser um efeito de uma causa ainda não conhecida, conscientizada. Esse fenômeno pode ainda acompanhar um acontecimento prévio ou comportamento.

Compreendê-los em sua totalidade envolve considerar tanto os aspectos psicológicos como os físicos, sempre buscando a causa primeira através dos instrumentos de análise, com a inovação do conhecimento via campo semântico e do método de análise dos fenômenos psíquicos, como os sonhos.

Ver também

Aulas de Ontopsicologia

Referências

  1. MENEGHETTI, Antonio. Dizionario di Ontopsicologia. Roma: Psicologica Editrice, 2001. ISBN 88-86766-75-0
  2. ROMIZI, Renato. Greco antico. Vocabolario Greco Italiano Etimologico e Ragionato. Bologna: Zanichelli, 2006. ISBN 88-08-08915-0
  3. MABILIA, Valentina, MASTANDREA, Paolo, il Primo latino. Bologna: Zanichelli, 2015. ISBN 88-08337-15-4
  4. BONOMI, Francesco. Vocabolario Etimologico, disponível em <etimo.it>
  5. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, disponível em <dicionario.priberam.org>

Voltar para Guia da Ontopsicologia