Etimologia
Grego νεῦρον (neuron), significando “nervo”, e do sufixo “-osis”, que indica um estado ou condição patológica.
Latim neurosis, da mesma raíz grega.
Significado Geral
Historicamente, o termo foi utilizado para descrever doenças do sistema nervoso antes de ser mais especificamente associado a distúrbios psicológicos.
Em termos gerais, a neurose refere-se a um padrão de comportamento mental ou distúrbio psíquico que ocorre sem uma base de deterioração orgânica detectável.
É caracterizado por ansiedade, depressão, ou outras manifestações de desequilíbrio psíquico que significativamente interferem com o funcionamento social e pessoal normal do indivíduo, mas onde a realidade não é perdida (a diferencia da psicose).
Significado na Ontopsicologia
Na ontopsicologia, a neurose possui um entendimento específico.
Em Ontopsicologia, a neurose é vista como uma obstrução ao desenho-base ou forma energética intrínseca do indivíduo. Esta forma energética opera como uma espécie de blue-print interno que dirige a pessoa à realização de seu potencial e autenticidade.
A neurose, nesta visão, representa uma fixação ou obsessão circular por certos pensamentos ou comportamentos que impedem a expressão livre e plena do ser.
O sujeito na neurose é consciente de seu dilema, mas incapaz de transcender sua condição por conta própria, frequentemente devido ao apego a estereótipos sociais e valores familiares rígidos.
Implicações Práticas e Teóricas
Conexões Práticas
- Tratamento Psicológico: Na prática clínica, compreender a neurose como uma obstrução ao desenho energético pode orientar abordagens terapêuticas que visem liberar esses bloqueios e realinhar a pessoa com sua essência ou missão de vida, algo frequentemente trabalhado em terapias holísticas e de autoconhecimento.
- Educação e Sociabilidade: Intervenções educacionais e de desenvolvimento social que promovem a flexibilidade e resiliência em face de normas sociais rígidas podem ajudar a prevenir a formação de padrões neuróticos.
Implicações Teóricas
- Desenvolvimento Humano: A teoria da neurose em Ontopsicologia propõe uma visão do desenvolvimento humano centrada na autenticidade e na liberdade individual contra o peso dos condicionamentos sociais e familiares.
- Intersecção com Filosofia e Psicanálise: Teoricamente, ela ressoa com conceitos filosóficos de “ser verdadeiro consigo mesmo” e também dialoga com a noção freudiana de que neuroses são geradas por conflitos internos não resolvidos, manifestando-se em sintomas simbólicos.
Essas interpretações ampliam nossa compreensão da neurose para além do patológico, introduzindo uma dimensão mais ampla de confronto entre o individualismo e as pressões sociais, alinhadas com o máximo potencial de vida do indivíduo.
Distinção em relação à esquizofrenia
A neurose se distingue da esquizofrenia porque, na neurose, o sujeito detém um excesso de consciência sobre o estímulo, mas não consegue atribuir uma via adequada de ação a essa percepção, levando a um estado de conflito interno e estresse.
De acordo com os estudos da Ontopsicologia, as neuroses adquirem vida nos espaços comuns e pela fixação em estereótipos e morais sociais, frequentemente atrelados a contratos familiares, dogmas e papéis sociais rígidos.
Ver também
Aulas de Ontopsicologia
- Aula 03 – A psicoterapia ontopsicológica
- Aula 04 – A psicoterapia de autenticação
- Aula 27 – Instrumentos de Análise e Diagnose e o Teste 6 Desenhos
- Aula 28 – Os Instrumentos de Intervenção da Ontopsicologia
- Ver todas as aulas de Ontopsicologia disponíveis
Referências
- MENEGHETTI, Antonio. Dizionario di Ontopsicologia. Roma: Psicologica Editrice, 2001. ISBN 88-86766-75-0
- MENEGHETTI, Antonio, Manuale di Ontopsicologia, Roma: Psicologica Editrice, 2008. ISBN 88-89391-35-9
- ROMIZI, Renato. Greco antico. Vocabolario Greco Italiano Etimologico e Ragionato. Bologna: Zanichelli, 2006. ISBN 88-08-08915-0
- BONOMI, Francesco. Vocabolario Etimologico, disponível em <etimo.it>
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