Ontopsicologia

Coragem

Etimologia

A palavra “coragem” tem uma bela origem. Ela deriva do Latim coraticum, que significa “coração”, composta de cor, que significa “coração”. e actio cum= ação com.

Significado

Força de ânimo que faz com que um sujeito entre em ação ao invés de consternar-se ou paralizar-se diante de perigos, reais ou imaginários, enfrentando riscos consideráveis ou ainda não se deixando abater diante de dores ou ameaças físicas ou morais, suportando-as e superando-as.

A “coragem” em Ontopsicologia

Na Ontopsicologia, o conceito de “coragem” é abrangente e significativo, vinculando-se profundamente à capacidade do indivíduo de enfrentar suas adversidades internas e ambientes desafiadores com autenticidade e integridade. O tratamento desse conceito ao longo das diversas obras da Ontopsicologia revela nuances importantes:

Coragem na Análise de si mesmo

A coragem, na Ontopsicologia, é muitas vezes contextualizada como a capacidade e a disposição para realizar uma análise profunda do próprio Eu, enfrentando verdades desconfortáveis ou desafiadoras sobre si mesmo.

Isso é considerado essencial para o desenvolvimento pessoal e é também uma demonstração de lealdade e humildade em relação ao próprio Em Si ôntico, que é a expressão da verdadeira natureza do ser de um sujeito.

Coragem na dor coagida e noogênese

A coragem também é discutida como necessária para enfrentar “a dor coagida,” um termo que denota as dificuldades e os desafios psicológicos que um indivíduo pode experimentar na vida e que, por vezes, o Eu não tem a estrutura ou o preparo para afrontar, sendo claramente uma referência a situações onde a coragem é necessária para superar barreiras psicológicas e obstáculos que podem limitar o crescimento pessoal ou a realização de potencial.

Coragem e Psicoterapia de Grupo

No contexto da psicoterapia ontopsicológica em grupo , o desenvolvimento da coragem é crucial na evolução individual. A dinâmica grupal é usada para fortalecer indivíduos a enfrentar suas próprias limitações e problemas, promovendo uma confrontação com suas próprias questões num ambiente de suporte, onde a exposição a casos de outros ajuda na auto-reflexão e no desenvolvimento pessoal.

A coragem também é ativada por meio da crítica e do aprendizado no ambiente da psicoterapia ontopsicológica de grupo, onde a exposição a situações de outros e o feedback do terapeuta e dos membros do grupo ajudam a desenvolver a autoconsciência e a fortaleza interior .

Coragem como disposição vital

A coragem é também vista em Ontopsicologia como um elemento presente em várias expressões da vida em si, não apenas em um contexto de confronto com adversidades internas, mas também como uma qualidade essencial para viver de maneira autêntica e alinhada com o próprio Em Si ôntico. Isso implica vivenciar a vida com coragem, não apenas em momentos de crise, mas como uma postura contínua.

Coragem e critério organísmico

Muito importante no conceito etimológico de “coragem” é a presença clara de uma ação que não vem apenas da “mente”, mas também envolve um outro órgão importantíssimo de percepção e ressonância da realidade ao nosso redor: o coração.

Diversos estudos mostram como o coração, de fato, reage em antecipação a situações importantes e que envolvem um determinado sujeito, com medidas fisiológicas de parâmetros como frequência cardíaca e análise de variabilidade cardíaca por meio de medidas dos intervalos R-R, sendo um órgão extremamente importante dentro da percepção organísmica.

Conclusão

De forma preliminar, podemos concluir que a abordagem holística e profundamente integrativa da coragem na Ontopsicologia ressalta a importância desse atributo não apenas para combater medos e ansiedades, mas como um componente central para viver uma vida autêntica e cumprir o potencial humano conforme alinhado com as verdades mais internas do indivíduo.

Ver também

Aulas de Ontopsicologia

Referências

  1. ROMIZI, Renato. Greco antico. Vocabolario Greco Italiano Etimologico e Ragionato. Bologna: Zanichelli, 2006. ISBN 88-08-08915-0
  2. MENEGHETTI, Antonio. Dizionario di Ontopsicologia. Roma: Psicologica Editrice, 2001. ISBN 88-86766-75-0
  3. MENEGHETTI, Antonio. Manual de Ontopsicologia. 4 ed. rev. Recanto Maestro: Ontopsicologica Ed, 2010. ISBN 978-85-88381-52-0
  4. BONOMI, Francesco. Vocabolario Etimologico, disponível em <etimo.it>

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