Ontopsicologia

Memória

Etimologia

Grego mνήμη (mnḗmē) significa capacidade mental de reter e recordar informações, lembrança.

Latim memoria faculdade de recordar eventos passados, experiências, conhecimentos ou informações.

Sânscrito स्मरण (smaraṇa) ato de lembrar, recordar ou memorizar.

Aramaico זִכָרוֹן (zikaron) lembrança, memória, recordação.

Acádico 𒂵𒊬𒀭 (zakāru) ação de lembrar, recordar ou mencionar.

Significado

O termo “memória” deriva do grego “μνημείον” e do latim “memoria”, ligados aos conceitos de recordação, memória, signo, monumento, e traço.

De forma ampla, “memória” é a capacidade de armazenar, processar e recuperar informações. Existem diferentes tipos de memória, incluindo memória de curto prazo, memória de longo prazo e memória sensorial, cada uma com funções específicas.

Memória em Ontopsicologia

Na Ontopsicologia, o conceito de “memória” é abordado com profundidade, considerando suas implicações ontológicas e psicológicas.

A memória é vista como um signo que reflete conhecimento passado e um traço que indica o que já passou. É associada à faculdade de refletir sinais e informações ônticas ou meméticas no presente com uma consciência similar à do passado.

Conceitos Associados na Ontopsicologia

  • Traçado (mnéstico) Seletivo: A memória é descrita como um traçado selecionado a partir das condutas do Eu lógico histórico, que homologa as sucessivas ações iguais ou similares. É um elemento fundamental para a construção da identidade pessoal e a orientação nas interações sociais e internas.
  • Efeitos da Memória: Existem memórias com efeito regressivo, que promovem estereótipos rígidos e atuam junto à matriz reflexa, influenciando o comportamento dos indivíduos. Outras memórias possuem um efeito funcional, facilitando a atualidade à intuição ôntica.

Relevância Psicológica e Ontológica

A memória na Ontopsicologia é vista como uma interface entre a experiência passada e a conscientização presente, influenciando significativamente a percepção do Eu e suas respostas ao ambiente. O Em Si ôntico, a essência do ser, no entanto, não possui memória, agindo sempre no aqui e agora para otimizar a variável situacional.

Assim, no contexto da Ontopsicologia, a memória é essencialmente um mecanismo que não só armazena informações do passado, mas também desempenha um papel crítico em conformar as atitudes e comportamentos futuros, moldando as bases da personalidade e facilitando a adaptação ôntica do indivíduo.

A memória como efeito de campo

Em Ontopsicologia estuda-se que a interferência de um campo semântico positivo ativa memórias funcionais, enquanto um campo semântico negativo prejudica a memória funcional.

A memória de campo é ativada ao entrar em contato com uma determinada realidade, ou quando uma determinada coisa nos tira da indiferença.

A Ontopsicologia também sugere que a memória obsessiva é um efeito do Monitor de Deflexão.

Portanto, as memórias podem ter efeitos regressivos, uma vez que reforçam um estereótipo, meme, matriz reflexa, trauma, obsessão de um sujeito; ou então com efeitos funcionais, quando facilitam que um determinado sujeito coloque em ato sua intuição.

Ver Também

Referências

  1. MENEGHETTI, Antonio. Dizionario di Ontopsicologia. Roma: Psicologica Editrice, 2001. ISBN 88-86766-75-0
  2. Liddell, H. G., Scott, R., Jones, H. S., & McKenzie, R. (1996). A Greek-English Lexicon. Oxford: Clarendon Press.
  3. Lewis, C. T., & Short, C. (1879). A Latin Dictionary. Oxford: Clarendon Press.
  4. Monier-Williams, M. (1899). A Sanskrit-English Dictionary. Oxford: Clarendon Press.
  5. Jastrow, M. (1903). A Dictionary of the Targumim, the Talmud Babli and Yerushalmi, and the Midrashic Literature. [Inglês]. Disponível em: https://www.sefaria.org/texts/Jastrow%2C_A_Dictionary_of_the_Targumim%2C_the_Talmud_Babli_and_Yerushalmi%2C_and_the_Midrashic_Literature

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