Ontopsicologia

O que é a Ontopsicologia?

O que é a Ontopsicologia?
Manual de Ontopsicologia

Ontopsicologia  é uma ciência epistêmica interdisciplinar e apresenta três importantes  descobertas: Campo Semântico, Monitor de Deflexão e Em Si ôntico (seu critério epistêmico). A sua visão de homem o concebe como uma unidade de ação histórico-espiritual, que se constitui em acontecimento terrestre e também espiritual, ôntico. Possui diversos instrumentos de intervenção, dentre eles a psicoterapia ontopsicológica que caracteriza-se pela sua singularidade de ser uma  psicoterapia de autenticação. O termo “autêntico” é entendido segundo a capacidade de ser  igual a como o ser nos põe. Possibilita que o homem aumente o seu nível de  consciência, que desenvolva a capacidade de reconhecer, dentre todas as possibilidades que ele tem na vida, aquelas que são em conformidade com a sua própria essência.

Outro importante campo de pesquisa na Ontopsicologia é a relação entre energia e imagem, sendo que uma das  premissas é que a intencionalidade psíquica se formaliza por meio das imagens. As técnicas  de análise e de intervenção são diferenciadas e permitem conhecer o homem por inteiro. Com isso, entende-se que o homem deve ter a capacidade de conhecer o real de modo verdadeiro e reversível, se a sua atividade psíquica dá o nexo ontológico.

A dificuldade do ser humano em obter um conhecimento crítico e verdadeiro, com nexo ontológico, deriva de um processo formativo e reflexivo em sua consciência. Não é é resultante da natureza de suas faculdades intelectivas e volitivas. Esse processo deriva de um desvio social, cultural e a posteriori.

A revisão crítica da consciência ou o processo de autenticação é o caminho necessário para resgatar a natureza da consciência.

A Ontopsicologia se propõe como um conhecimento elementar, uma teoria do conhecimento. A teoria do conhecimento nos mostra como conhecemos a realidade. Essa ciência tem o caráter prático e vivencial, podendo ser utilizada como preliminar à qualquer ciência. Essa ciência é ensinada em cursos livres, em cursos de Graduação reconhecido pelo MEC e cursos de Pós-Graduação.

Sendo um conhecimento ontológico, pode ser aplicada em diversos setores do saber humano. Porém, a Ontopsicologia – a exemplo da fenomenologia husserliana – não se confunde com a psicologia, nem se reduz à sua aplicação clínica, sendo uma ciência autônoma, com objeto, método e fim específicos.

Antonio Meneghetti, cientista que formalizou a Ontopsicologia nos últimos 50 anos, define-a como:

“Uma análise científica, racional, que faz a revisão crítica da consciência. É o conhecimento do ser no modo da psique humana.”

A Ontopsicologia representa hoje uma novidade em absoluto. Pode ser aplicada nas mais vastas áreas do conhecimento humano, como o econômico, político, médico, artístico, científico e pedagógico.

Estrutura Científica da Ontopsicologia

Estrutura científica da Ontopsicologia

A Ontopsicologia é a abertura de um modelo alternativo ao proceder científico que hoje está presente no mundo. Essa ciência mede o real segundo a função homem. Tem um objeto de estudo, um método e um fim.

Visão

O homem, protagonista responsável, baseado em uma virtualidade capaz de atuação pessoal no ser.
A sua visão é antropocêntrica, com isso entende-se que considera o homem como responsável e protagonista da própria realidade. Essa realidade é resultado de uma virtualidade. Por virtualidade entende-se um potencial que já está em prospectiva, que tem alguns parâmetros. Tal virtualidade tem a capacidade, em sentido físico e ôntico, de fazer-se pessoa no ser.

Objeto

O objeto da Ontopsicologia é a atividade psíquica inerente à fenomenologia humana. Por atividade psíquica, entende-se a a experiência psicológica humana, as causas que a constituem e os elementos que podem resolvê-la. Trata-se do númeno, da alma, o si de cada si, o informal que forma cada sucessivo. A atividade psíquica não pode ser objetivada nem mesmo por processos racionais, é um ponto por meio do qual um ser humano pensa, quer, existe. É transcendente, invisível e revela-se apenas pelos efeitos.

A psique é intencionalidade formal: projeta imagens. A imagem é prioritária a partir do momento em que se dá a existência. A última redução que podemos fazer da atividade psíquica é potência formalizante. A atividade psíquica é o processo da formalização. Remete-se ao significado de “unidade de ação“. As imagens são estruturas através das quais pode acontecer qualquer variável energética.

Método

O método da Ontopsicologia é bilógico: processo racional indutivo-dedutivo, com a novidade dos princípios complementares do campo semântico, Em Si ôntico e monitor de deflexão.

Isso significa que a Ontopsicologia, para poder conhecer o homem, usa a intuição e o raciocínio indutivo-dedutivo, une o conhecimento do campo semântico à lógica da razão. O conhecimento do campo semântico é colhido pelo critério organísmico, que deve ser visto e percebido junto à lógica da razão.

Fim

Reportar a lógica do Eu à lógica do Em Si ôntico para consentir a realização.

O fim contínuo da Ontopsicologia é reportar a lógica do Eu, da consciência, à lógica racional e voluntária, à lógica do Em Si ôntico. Com isso, a reversibilidade entre a intenção do Em Si ôntico e a consciência. Nisso, obtém-se a realização do ser humano em todos os seus aspectos. A realização existe em decorrência da conexão da fenomenologia à causalidade ôntica.

Por se tratar de aspectos práticos do ser humano, a Ontopsicologia se caracteriza por ser uma ciência experimental. Ao impactar e vivenciar o critério ontológico, entra-se no simples do “mundo-da-vida”.

Fundamentalmente, a Ontopsicologia analisa o valor positivo e criativo presente em cada ser humano. Através dos instrumentos que esta ciência disponibiliza é possível que o indivíduo conscientize seu potencial e atue-o na história, buscando o desenvolvimento integral da própria personalidade (saúde, economia, relações sociais etc.).

Descobertas

Livro “O Em Si do Homem”

Procedendo com atitude bilógica, foram feitas três descobertas: Em Si ôntico, campo semântico, monitor de deflexão.

Através da competência racional desses três modos, pode-se objetivar de maneira científica qualquer realidade. “Objetivar de modo científico” significa que, dadas certas premissas, é inevitável o efeito: conhecem-se as causas que estão movimentando efeitos isolados e distintos. Conhecendo a causa, a origem, a raíz de qualquer tensão ou problema é possível obter novos efeitos e variar outros vetores.

Com o conhecimento dessas três descobertas, pode-se proceder em qualquer setor da pesquisa e do conhecimento humano: química, geologia, astronomia, comportamento humano etc.

A Ontopsicologia se diversifica de todas as outras ciências com base nessas três descobertas, em base às quais funda sua teoria e sua práxis.

Critério

O critério da Ontopsicologia é o Em Si ôntico, segundo as suas 15 fenomenologias homologadas em situação histórica, entre as quais presentes ao menos:

Por identidade utilitarístico-funcional entendem-se as primeiras categorias do Em Si ôntico:

  1. O ser em si: a ação é boa quando confirma o ser em si, quando reforça a causa formal, a formalidade do ser. Por formalidade, entende-se um ato que especifica o ser que é, a identidade daquele ser. A identidade daquele ser é o Em Si ôntico, cujos critérios existenciais são os que reforçam tudo aquilo que é:
  2. útil; e
  3. funcional a esta identidade inseica
  4. A diferença entre “útil” e “funcional” é a seguinte:
    • “Útil” dá subsistência, dá alimento para conservar-se integralmente;
    • “Funcionalidade” acrescenta evolução.
  5. virtual, implica qualidade de valor: o Em Si ôntico faz autóctise histórica melhorativa.

O homem escolhe, com base na sua identidade, o que é útil para a funcionalidade da sua individualidade histórica.

Esse processo de escolha é denominado autóctise histórica. Trata-se da construção em conexão com as exigências ônticas de evolução daquele sujeito.

Por exigências ônticas, entende-se que o critério adotado é o “critéro de natureza” e não um “critério de convenção”. A primeira fenomenologia deste critério (Em Si ôntico) é o critério organísmico, ou funcionalidade da unidade de ação no contexto.

Demonstração

Livro “Ontopsicologia Clínica”

A demonstração objetiva da Ontopsicologia está na práxis ou resultados: sanidade funcional e realização.

Quando bem aplicado, a ontopsicologia resulta em:

  • Desaparecimento do sintoma ou problema;
  • Desenvolvimento do sujeito no plano da funcionalidade integral a si mesmo sobre a globalidade existencial.

Esses resultados confirmam que se trata de uma ciência operativas e funcional. Verifica-se que o desaparecimento do sintoma acontece quando o sujeito se homologa à indicação do próprio Em Si ôntico e começa a se desenvolver no plano da funcionalidade integral de si mesmo na sua globalidade existencial, no contexto do ambiente onde o sujeito vive.

Por funcionalidade integral, entende-se o seu desenvolvimento onde estão conexos todos os seus valores holísticos ( saúde, evolução intelectual, espiritual, econômica, responsável, societária etc.).

Quando tal funcionalidade integral está ausente, existe um erro, uma interferência, que pode ser documentada e visualizada por meio do conhecimento operativo do Em Si ôntico, do campo semântico e do monitor de deflexão. É suficiente retomar o uso contemporâneo dessas três descobertas e evidencia-se o porquê, a causa que impede o sujeito de crescer, de evoluir etc.

Dinâmica

No homem podem ser verificadas duas dinâmicas: uma prevista pela lógica da natureza, da vida, e outra devida ao efeito desorganizador do monitor de deflexão.

O Eu tem a tarefa da conservação em evolução, deve constantemente autopor-se (autóctise histórica), definindo o lugar, o tempo e o modo. da responsabildade do Eu depende o ser ou não-ser histórico do Em Si.

Quando o primeiro item, “saúde para a criatividade”, não acontece: o homem experimenta-se, muitas vezes, em perda, em patologia, em impossibilidade de obter o inteiro do seu existir. A frustração determina-se a partir de uma desproporção entre fornecimento de energia e retorno em perda.

Instrumentos de análise

Livro “O Campo Semântico”
  1. Anamnese linguística e biografia histórica
  2. Sintoma ou problema
  3. Fisionômico-cinésico-proxêmica
  4. Sonho
  5. Campo semântico
  6. Resultado

De tais instrumentos, os três primeiros são utilizados também na ciência tradicional. A Ontopsicologia une a esses, outros três aspectos: o campo semântico, o resultado e o sonho.

O campo semântico é emanação informática. É uma transdução informática sem deslocamento de energia. É uma informação ulterior, constante, da qual, porém, perdeu-se a sensibilidade, a leitura. A Ontopsicologia recuperou esse conhecimento de ler e codificar a informação presente no campo. O resultado, em sentido científico, é um dado incontestável, por meio do qual é possível verificar imediatamente se um sujeito está curando e evoluindo. Pode-se verificar como o sujeito está agindo, como está escrevendo a própria vida.

Outra inovação da Ontopsicologia é o método de análise do sonho, o qual é um gráfico, uma ideografia estruturada exclusivamente pelo critério (Em Si ôntico). Uma obra de Meneghetti que expõe essa técnica de análise é “Imagem e Inconsciente.

Instrumentos de intervenção

Para compreender os instrumentos de intervenção por meio dos quais a Ontopsicologia opera, é aconselhável remeter-se aos textos que tratam de modo específico os diversos argumentos inerentes.

Aplicações

As áreas de intervenção humanístico-profissionais do método ontopsicológico são as seguintes (também nesse caso, aconselham-se os textos que tratam de modo específico os diversos argumentos):

Etimologia

A palavra “Ontopsicologia” é formada a partir de três radicais gregos: ontos (οντος), “ser, real”, ψυχή (psykhé), “psique, alma, mente” e λόγος, (lógos), “estudo, palavra, razão“.

Ontopsicologia é conhecimento do ser no modo da psique humana.

Significa estudo dos comportamentos psíquicos em primeira atualidade, inclusa a compreensão do ser. Trata-se de partir do real fato antropológico e não da sua cultura ou de suas reflexões.

Definição

Ph.D.Victoria Dimitrieva, Diretora da Cátedra de Ontopsicologia junto à Faculdade de Psicologia da Universidade Estatal de São Petersburgo, Rússia descreve a Ontopsicologia:

“Em sentido científico moderno, segue a tradição da psicanálise e da psicologia existencial humanista. Ao mesmo tempo, é uma ciência independente, com suas próprias descobertas, métodos, instrumentos de análise e intervenção”.

Ontopsicologia é uma ciência epistêmica, estuda a atividade psíquica na sua causalidade primeira, o projeto lógico elementar que precede a atividade e fenomenologia psíquica. Por causalidade primeira entende-se um princípio elementar que é critério de realidade funcional para o ser humano.

A Ontopsicologia é a última nascida entre as ciências contemporâneas, que tem por objeto a análise da atividade psíquica. Inscreve-se no filão da psicologia humanístico-existencial. Elabora-se no êxito clínico do desaparecimento da patologia e na realização da pessoa, segundo a objetiva intencionalidade do projeto de natureza concreta, seja individual que sistêmico (economia, técnica e política); e tem também um aspecto global e interplanetário.

A Ontopsicologia nasce de uma evidência interna à obra clínica bem sucedida. O iniciador dessa escola, Antonio Meneghetti, ao exercitar a psicoterapia, vendo o resultado positivo – depois de cinco sessões, a pessoa realizava a saúde – começou a analisar aquilo que fazia e teorizou a experiência clínica que o fato lhe evidenciava. Naquele ponto, percebeu que havia tocado aquela estrada que se buscava em psicologia, que Husserl havia anunciado em sua Crise das ciências. Sucessivamente, começou a aplicá-la também no campo criativo e de liderança.

Em 1972, Joseph P. Ghougassian publica o livro Gordon W. Allport’s ontopsychology of the person.

O termo Ontopsicologia surge pela primeira vez no livro de Maslow (1956),  “Introdução a psicologia do ser”. Esse livro foi elaborado com base em uma reunião privada de Carl Rogers, Rollo May, Abraham Maslow, Anthony Shutich e outros, em Paris. Os autores eram psicólogos da corrente existencial-humanista, conhecida como  terceira-força da psicologia. Defendiam a ideia de uma quarta força da psicologia que seria  “ainda ‘mais elevada’, transpessoal, transumana, centrada mais no cosmo do que nas  necessidades e interesses humanos […]” (MASLOW, 1980, p.11). O nome surgiu pela ideia de unir a ontologia com a  psicologia, foi sugerido por Shutich “Ontopsicologia”.  Seria a psicologia do Eu autêntico e plenamente desenvolvido nos seus modos de ser.

Anos depois, em 1972, Joseph P. Ghougassian publica o livro Gordon W. Allport’s ontopsychology of the person, onde analisa retrospectivamente as contribuições de Allport à psicologia da personalidade. O termo “Ontopsicologia” é utilizado em referência à psicologia de um Self, entendido como um projeto aberto em contínua autoconstrução (autóctise). Faltava, porém, o método ontopsicológico, o qual foi desenvolvido durante os diversos anos de clínica, por Antonio Meneghetti.

Sua experiência na clínica resultou na estrutura de seu pensamento científico com método, critério, instrumentos, demonstração, objetivo e finalidade formalizados. Impostado o método de diagnose e de intervenção , se a pessoa não se contrapõe conscientemente, o resultado é exatamente aquele previsto. O homem é sempre livre; também na doença ou na morte existe um fio de liberdade e, frequentemente, mesmo sabendo que morrerá, a pessoa prefere morrer a mudar.

A Ontopsicologia é uma ciência que colheu a elementaridade base do humano, a qual funciona em qualquer inconsciente e com qualquer povo. Esta se confronta apenas sobre fatos: o desaparecimento do sintoma e o reforço do projeto integral do homem.

A Ontopsicologia analisa o homem no seu fato existencial e histórico; ela tem por objeto a estrutura psíquica e a sua intrínseca lógica.

Ontopsicologia: (psicologia do ser) reproposição do conhecimento elementar para reimpostar o sujeito humano em contato consciente e operativo com o mundo-da-vida, ou realidade do ser, com o escopo de realização individual e integral.

A Ontopsicologia é uma ciência que justifica a própria diversidade das outras ciências sobre a base de algumas inovações prioritárias e exclusivas. São as três descobertas que permitem compreender a existência humana, sobre as quais funda toda a própria teoria e prática:

  1. Em Si ôntico (essência virtual e formal);
  2. campo semântico (transferência);
  3. monitor de deflexão (distorção).

História

As origens

Antonio Meneghetti iniciador da Ontopsicologia

Antonio Meneghetti, iniciador da Escola Ontopsicológica e da Associação Internacional de Ontopsicologia, com sede em Roma, Itália.

A história da Ontopsicologia está intimamente relacionada com a trajetória da pesquisa científica empreendida por seu fundador. No final dos anos 60, Meneghetti é atraído pela investigação da esquizofrenia, na qual colhe um paralelismo com o insolúvel dilema a respeito do problema crítico do conhecimento. Após ter visitado os centros europeus de pesquisa psicanalítica (Paris, Friburgo, Londres, Tavistok, Viena, Selva Negra), encontra-se com as correntes norte-americanas, das quais inicialmente privilegia Rogers, May e Maslow. Também foi muito influenciado por Husserl e os autores da fenomenologia. Dedica-se a uma intensa atividade psicoterapêutica por aproximadamente dez anos, durante os quais demonstra familiaridade e domínio das sintomatologias crônicas, resolvendo-as.

No início de 1970 Meneghetti já começava a formalizar seu pensamento ao escrever o livro “Ontopsicologia do homem“. Esse material era no início uma apostila, utilizada nas lições realizadas nos cursos de Psicoterapia e Ontopsicologia do doutorado da Universidade Internacional São Tomás de Aquino, em Roma.

A formalização da Ontopsicologia como ciência epistêmica interdisciplinar aconteceu  a partir da exposição das três descobertas, que aconteceu gradualmente entre os anos de 1973  e 1985, nas Convenções de Ontopsicologia.

Com relação às três descobertas, Meneghetti (2010, p.100) explica que “a primeira descoberta excepcional, que se  revela depois fundamental, é o campo semântico”. Como consequência da definição do Campo Semântico, foi possível elaborar a segunda descoberta, o monitor de deflexão. A partir disso, o autor aprofunda e define o Em Si ôntico, sua terceira descoberta. As três  descobertas dão fundamento teórico e prático à Ciência Ontopsicológica, permitindo a  compreensão da estrutura psíquica e sensorial do homem

Toda a impostação teórica da época e o perfil filosófico exigia a necessidade de uma verificação experimental, que demonstrasse a validade da novidade em sentido científico. Meneghetti procurava, no plano da psicologia, a verificação clínica que fornecesse a evidência do resultado empírico: era preciso definir a metodologia clínica (nova tanto em relação à psicanálise, quanto à terapia de Rogers) por meio do sucesso da cura das patologias mentais e, paralelamente, formalizar de maneira cada vez mais ampla e detalhada os aspectos teóricos.

Para perseguir esses objetivos, é inaugurado em Roma, em 15 de novembro de 1972, um Centro de Terapia Ontopsicológica, autônomo, que oferece cursos de formação em psicoterapia ontopsicológica. Vale lembrar que os primeiros cursos de Graduação em Psicologia foram inaugurados na Itália em 1971 na Faculdade do Magistério. Esse centro de terapia foi a primeira escola de psicoterapia que existiu na Itália.

As descobertas

A partir dos resultados positivos obtidos, Meneghetti recolhe elementos que lhe permitem chegar a uma série de descobertas, que serão gradualmente expostas nos congressos e convenções de Ontopsicologia, organizados a partir de 1973, justamente com o escopo de expor os resultados clínicos e a metodologia, formalizados sucessivamente na forma de publicações.

A primeira descoberta, que se revela depois fundamental, é o campo semântico.

1. Campo semântico – O campo semântico é um mediador de informação e uma  forma de comunicação entre as individuações. Meneghetti (2010, p.183) define como “um  transdutor informático sem deslocamento de energia”. Para Meneghetti, toda energia é  formalizada por imagem e com a leitura do campo semântico é possível colher a imagem  predominante. É denominado “campo” por evidenciar a gestalt de um determinado campo segundo a imagem predominante. Por “semântico” entende-se a sua capacidade de fazer  signo, de significar a energia que se presencia.

Azevedo e Pissolato (2017) desenvolveram um  experimento baseado no campo semântico, buscando demonstrar por meio de medidas  fisiológicas esse fenômeno. No ano de 2016 Erico Azevedo e José Pissolato Filho visitaram Rupert Sheldrake para discutirem os resultados. O que ocorria era que os dados fisiológicos dos sujeitos de pesquisa variavam comprovando uma comunicação que não era verbal, não era local e não era eletromagnética.

O experimento foi realizado com duplas que não se conheciam, nenhuma comunicação era permitida e ficavam em uma distância de 250 metros, um num laboratório e outro dentro de uma Gaiola de Faraday ETS Lindgren Series 81. Antes de qualquer medida os sujeitos escreviam um sonho da noite num papel. Esse papel era dobrado.

A instrução dada aos sujeitos era que eles lessem o conteúdo do papel em um momento escolhido livremente, anotando o horário. O sujeito da pesquisa não sabia se o conteúdo seria o sonho da sua dupla ou um texto técnico qualquer. O sujeito dentro da gaiola de Faraday, não sabia nem o momento da leitura, nem o que seria lido. No momento escolhido, S1 realizada uma leitura silenciosa e anotava os tempos de início e fim da leitura. Foram registrados os sinais fisiológicos durante o experimento e houveram variações significativas no exato momento da leitura do sonho. (AZEVEDO; PISSOLATO, 2017, p.198). 

Com base em suas pesquisas, Erico Azevedo conclui que a percepção do campo semântico se dá na percepção do corpo vivo. Para recuperar a capacidade de leitura de todas as variações orgânicas, deve-se colocar a atenção no  ENS (Sistema Nervoso Entérico).

2. Monitor de deflexãoMonitor de Deflexão, pode ser explicado com o entendimento mais específico do funcionamento da consciência humana. Meneghetti explica que a consciência é uma espécie de espelho, de monitor, que reflete a realidade, um Monitor de Reflexão. Porém, em nosso Monitor de Reflexão ou consciência existe um dispositivo que Deflete, que não permite que o ser humano desenvolva uma leitura transparente da realidade, denominou Monitor de Deflexão.

O Monitor de Deflexão é um deformador da realidade, que impede que a realidade seja refletida na consciência de  forma íntegra . O autor define como “dispositivo psicodélico que deforma as projeções do real à imagem” (MENEGHETTI, 2010, p.172). A palavra “deflexão”  remete ao seu efeito que deflete e provoca mudanças na consciência. Os efeitos dessa deflexão é que em vez do ser humano se desenvolver de forma criativa, ele acaba se fixando. A sua consciência defletida o atrofia. O ser humano acaba vivendo sem novidade, sem criatividade, baseado nos seus estereótipos, nas memórias, sempre com  coordenadas estáticas. Tendo em vista essa problemática, a Ontopsicologia propõe uma revisão de consciência, à luz do Em Si ôntico, sua terceira descoberta.  

3. Em Si ôntico – É o critério epistêmico que fundamenta a ciência. É definido como  um “princípio formal inteligente que faz autóctise histórica” (MENEGHETTI, 2010, p.157).  Por princípio entende-se sua raiz metafísica ou transcendente. Já a palavra formal remete ao fato de possuir uma forma de ser e uma função, é fenomênico. É capaz de evidenciar a realidade, por  isso é inteligente. A autóctise histórica representa a sua capacidade de se autoconstituir na  existência. O ser humano no seu modo de ser original é uma unidade de ação, um núcleo, uma essência, um Em Si ôntico. O biológico é a  ordem impressa, pela unidade de ação, no orgânico ou corpo. O Em Si ôntico é a unidade de ação que  fundamenta e dá origem a existência do homem, é o princípio de  identidade de cada ser humano, capaz de se constituir na história com suas  fenomenologias (MENEGHETTI, 2015b). 

Para melhor compreender as três descobertas, a figura 1 ilustra a estrutura  psicossensorial do homemhttps://oriont.org/blog/homem/. Observando a imagem é possível localizar o Em Si ôntico e o  monitor de deflexão na esfera inconsciente. O eu lógico-histórico, esfera consciente, é o ponto  de referência do sujeito e representa a sua capacidade de escolha informações emanadas pelo Em Si ôntico ao Eu lógico-histórico.

O campo semântico é um  fato que ocorre independente da vontade, por simples posicionamento energético entre as  individuações. Como ocorre no plano energético, se a informação transmitida pelo campo  semântico chegasse à esfera consciente, possibilitaria a compreensão de fatos concretos antes  mesmo de suas manifestações externas e mensuráveis. O Campo Semântico geralmente permanece na esfera inconsciente. Não é colhido na consciência devido ao Monitor de Deflexão. Esse tipo de percepção é sutil e colhida em primeira  instância por meio de variações internas, imagens, intuições ou sensações corporais. 

A expansão internacional

Em 15 de fevereiro de 1978, Meneghetti funda a Associação Internacional de Ontopsicologia (AIO), com o objetivo de ampliar o seu horizonte, perseguindo de maneira mais ampla o objetivo de inserir a posição científica da Ontopsicologia no interior do debate científico-cultural internacional. Nesse mesmo ano, nasce a Ontopsicologica Editrice, que publica o volume Ontopsicologia Clínica, o qual recolhe os conteúdos dos seis primeiros congressos.

Com Ontopsicologia Clínica, Meneghetti entende:

“Racionalidade sobre o sintoma em conformidade à lógica de natureza, e restituição desta norma ao paciente”.

A partir de 1979, e nos anos 80, seguem-se publicações, congressos, atividades demonstrativas (frequentemente com entrevistas in vivo) e reconhecimentos institucionais, que levam a Ciência Ontopsicológica ao contato e ao confronto com o trabalho de outras escolas que manifestam autonomia intelectual.

Concluída a fase de experimentação clínica, a posição ontopsicológica é explicitada – nos diversos congressos e atividades – sobre temáticas sociais, como a pedagogia, a criatividade, a arte, a política, a economia, também por meio da publicação da revista Ontopsicologia, a partir de 1983. Da psicoterapia de cura, passa-se à autenticação do humano, com particular interesse pelo pesquisador científico.

O aporte das descobertas da Ontopsicologia permite integrar ao método científico racional (indutivo-dedutivo) o elemento intuitivo, cuja compreensão científica se funda nos princípios complementares do Em Si ôntico, campo semântico e monitor de deflexão.

A partir de 1988, a AIO passa a organizar, anualmente, a Summer University of Ontopsychology, encontro anual que expõe as atualizações da posição ontopsicológica. Esses encontros foram importantes para a expansão da Ontopsicologia no mundo.

No ano seguinte, 1989, a AIO formalizou um protocolo de intenções com a Universidade Estatal de São Petersburgo.

A partir dos primeiros anos de 1990, e por toda a década, o método terapêutico ontopsicológico é apresentado com sucesso em várias nações, sancionando a validade da metódica sobre o ser humano, prescindindo da cultura de origem.

Em junho de 1999, a AIO é admitida como ONG com status consultivo especial junto ao Conselho Econômico e Social – ECOSOC – das Nações Unidas. Desde os anos de 1980, foram fundadas Associações de Ontopsicologia no Brasil, Rússia e Letônia, iniciando-se também significativas relações com a China.

Integração das Ciências Psicológicas

Atualmente, a Ciência Ontopsicológica, que tem um método e instrumentos próprios, é ensinada com aplicações nos vários campos de realização existencial do homem junto à Universidade Estatal de São Petersburgo, que em 2004 inaugurou a Cátedra de Ontopsicologia; junto à Antonio Meneghetti Faculdade, no Brasil; e, no que se refere ao âmbito empresarial, com os cursos MBA (Master of Business Administration) junto aos vários centros de cultura humanista fundados no mundo desde os anos de 1970 (Lízori, Recanto Maestro, Bernia, Lizari, Marudo, Niotan, Diostan, Vitolga, entre outros).

O cientista russo, Albert A. Krylov, deixa claro em sua afirmação o papel da Ontopsicologia como uma ciência epistêmica e o seu papel no processo de integração das ciências:

“O que é evidente, é que foi criado um novo thesaurus, que consente tanto a integração dos conhecimentos psicológicos, quanto a integração do saber psicológico aos conhecimentos das outras ciências. (…) Nota-se uma substancial semelhança do trabalho de Meneghetti com o de Wundt, com a diferença de que a Ontopsicologia se confirma pelo sucesso da atividade prática. Tudo isso nos permite antever um fortalecimento das posições da Ontopsicologia no processo de integração das ciências”.

A Cátedra de Ontopsicologia

Cátedra de Ontopsicologia
Inauguração 2004

Inauguração da Cátedra de Ontopsicologia, em 27 de maio de 2004, no Palácio dos Doze Colégios da Universidade Estatal de São Petersburgo. Compondo a mesa (da esquerda para a direita): a Decana da Faculdade de Psicologia, Larissa Tsvetkova, a Reitora da Universidade Ludmila A. Verbitskaja e o Acadêmico Prof. Antonio Meneghetti

A Universidade Estatal de São Petersburgo é uma das mais antigas e prestigiosas universidades da Rússia. Fundada em 1724 por Pedro, o Grande, é composta atualmente por 20 faculdades e 11 institutos de pesquisa, conta com mais de 25.000 alunos, 2.000 doutorandos, cerca de 5.000 pesquisadores e mais de 40 membros da Academia Russa de Ciências e Instrução. A instituição formou 8 ganhadores do prêmio Nobel: Ivan Pavlov] (Fisiologia e Medicina, 1904), Ilya Mechnikov (Fisiologia e Medicina, 1908), Nikolay Semeonov (Química, 1956), Lev Landau (Física, 1962), Aleksandr Prokhorov (Física, 1964), Wassily Leontief (Economia, 1973), Leonid Kantorovich (Economia, 1975) e Joseph Brodsky (Literatura, 1987).

No arco de três séculos da sua história, a Universidade Estatal de São Petersburgo adquiriu uma rica experiência de colaboração internacional no âmbito da ciência, instrução e cultura. Entre essas interações, destaca-se a colaboração com a Associação Internacional de Ontopsicologia, que iniciou na década de 90, quando o Acadêmico Professor Antonio Meneghetti conheceu sumidades da escola psicológica russa como B. Lomov, A. Krylov, J. Zabrodin entre outros.

Foram mais de 10 anos de análise e verificação dessa jovem ciência pela rigorosa e tradicional academia russa. Em 2003, foi inaugurado o programa de Magistratura em Ontopsicologia sob a direção da Prof.a Natalia Grishina, com o escopo de preparar especialistas com alta qualificação no âmbito da Ontopsicologia.

O Ministério da Instrução Russa reconheceu a Ontopsicologia como “um novo endereço científico-prático, dentro da psicologia moderna, que representa a síntese das abordagens evolutivas e diferenças individuais e é voltado à descrição integral da vida do homem e do devir da sua individualidade”.

A Ontopsicologia foi inserida na nova edição do “Manual de Psicologia Geral” aprovado pela Comissão para a Garantia Metódica do Ministério da Instrução Russa e aconselhado pelo Ministério da Educação a todas as faculdades universitárias onde são ativados os cursos de psicologia e a todos os institutos de ensino superior da Federação Russa.

Em 27 de maio de 2004, na Aula Magna do Palácio dos Doze Colégios – o edifício administrativo principal da Universidade Estatal de São Petersburgo – na presença do Acad. Prof. Antonio Meneghetti, da Reitora da Universidade Ludmila A. Verbitskaja e da Decana da Faculdade de Psicologia, Larissa Tsvetkova.

A Reitora da Universidade Estatal de São Petersburgo, Ludmila A. Verbitskaja, afirmou:

“A humanização da ciência é o caminho para a humanização de toda a sociedade. Na nossa realidade, somente a ciência ontopsicológica pode realizar tal tarefa.”

Além das personalidades citadas, a inauguração solene da Cátedra de Ontopsicologia controu com a participação de centenas de acadêmicos, professores, estudantes e pesquisadores provenientes da Rússia, Itália, Europa e América Latina.

Congressos científicos

Ontopsicologia no Congresso Mundial de Psicologia
Berlim, 2008 Ontopsychology: science of the psyche.

Ontopsicologia

Ao longo dos últimos 35 anos, foram inúmeros os Congressos de Ontopsicologia organizados pela AIO com o escopo de apresentar à comunidade científica o método e os resultados de sua práxis. Também contamos com a participação da Ontopsicologia nos mais importantes congressos científicos internacionais das diversas áreas de aplicação, dentre os quais, destacam-se os mais recentes:

  • 30th International Congress of Psychology: Psychology serving humanity[, realizado em 2012 sob os auspícios da International Union of Psychological Science (IUPsyS), em Cape Town, África do Sul.
  • Long life learning for leaders: The ontopsychological contribution, (Programa científico, p. 164)
  • Convenor: Bernabei Pamela (Italy)
  • Discussant: Lacerda e Silva Wesley(Brazil)
  • Vereitinova Tatiana (Russia) – Long life learning by ontopsychology for leaders in times of globalisation
  • Bernabei Pamela (Italy) – Creativity in business leaders
  • Brazzolotto Fabrizio (Germany) – Intuition and results: The dual concept for the leader
  • Palumbo Gabriella (Italy), Schutel Soraia (Brazil) – The quid of economics: The subject object relation function
  • Theory and Philosophy, (Programa científico, p. 150)
  • De Santis Elisa (Italy) – Art and artist personality: An innovative ontopsychological perspective on creativity and art
  • Capasso Marina (Italy) Palumbo Gabriella – Image and unconscious: The ontopsychological contribution to the study of dreams
  • XXIX International Congress of Psychology, realizado em 2008 sob os auspícios da International Union of Psychological Science (IUPsyS), em Berlim. Apresentação do Painel: “The integration of scientific knowledge: Ontological knowledge and consciousness”.
  • Ontopsychology in the strategic guidance to develop the faculty of psychology, State University of St. Petersburg, Russia. Tsvetkova, Larissa A. (Rússia).
  • ontological knowledge and consciousness. Meneghetti, A. (Itália).
  • The further reaches of the psychology of being: Ontopsychology. Grishina, Natalia V. (Rússia)
  • Responsibility and creative evolution: prospectic synthesis of instruments and application. Lacerda e Silva, W. (Brasil).
  • The concept of authentication: methodological aspects and psycho-social implications. Dmitrieva, Victoria (Russia).
  • Ethical principles and political decisionmaking across international boundaries. Argenta, R. (Brasil).
  • 5th World Congress for Psychotherapy, realizado em 2008 em Pequim, China:
  • The ontopsychological approach: Methods, instruments and results. Meneghetti, Antonio et al..
  • Psychotherapy as authentication of the ego: Bring ontopsychological psychotherapy to leaders and businesses. Meneghetti, Antonio..
  • X European Congress of Psychology, realizado de 3 a 6 de julho de 2007, com o tema Mapping of psychological knowledge for society
  • Simpósio Sobre a Ontopsicologia e dois trabalhos
  • IV Congresso Mundial de Psicoterapia, Buenos Aires, Argentina, 27-30 de Agosto de 2005, onde foram apresentados os seguintes trabalhos:
  • Psicoterapia para líderes en tiempos de globalización. BERNABEI, Pamela.
  • Melolistica: salud, bienestar psicofísico y funcionalidad psicoemotiva. BRUOGNOLO, Marcello.
  • La psicoterapia de autenticación en el entendimiento ontopsicologico. DMITRIEVA, Victoria.
  • El modelo de psicoterapia ontopsicológica, DIMITRIEVA, Viktoria.
  • Presentación de Libro: Manual de Ontopsicologia. GARCIA MORENO LEONARDI, Paolo.
  • Ontopsicologia: el nexo ontologico nella Psicologia. MENEGHETTI, Antonio.
  • Esquizofrenia por ontopsicología. BRUOGNOLO, Marcello.
  • 15º Congresso da Associação Européia de Psicoterapia (EAP), 3º Congresso da Federação Italiana de Associações de Psicoterapia (FIAP), Palácio dos Congressos, 14 a 17 de junho de 2007.
  • Schizofrenia by Ontopsychology. Patological or existential problem? An integral approach to overcome emotional crisis. MENEGHETTI, A.
  • IX Congresso Mundial de Psicomotricidade, Verona, Itália, 6 a 9 de maio de 2010.
  • Da percepção visceral à sanidade psicocorporal, CAPASSO, Marina.
  • A Melolística como técnica psicocorpórea e instrumento de intervenção voltada à recuperação do contato com a própria inteligência visceral, com particular atenção ao papel da figura do melolista, SCATTONI, Rita.

Psicossomática

Seminário “Os correlatos neurofisiológicos da atividade psíquica”, 14 a 18 de maio de 1997, Instituto de Psicologia, Capital University, Pequim (China)

  • VIII Congresso Internacional de Ontopsicologia. 10 de dezembro de 1980, Roma (Itália).
  • Ciclo de iniciativas da Associação Internacional de Ontopsicologia por ocasião do Global Teach-In – ONU “DNA e informação”, 8 a 29 outubro de 1995, Itália
  • III Congresso da Sociedade Centro-Oeste de Cardiologia, 9-11 de novembro de 1995, Brasília (Brasil). Conferência de abertura.
  • Seminário “Medicina e Ontopsicologia”. Abril de 1996, Capital University of Medical Sciences, Pequim (China)
  • Visita ao Capital Institute of Medicine – Beijing Tongren Hospital. Abril de 1996, Pequim (China)
  • Seminário “Os correlatos neurofisiológicos da atividade psíquica”, 14 a 18 de maio de 1997, Instituto de Psicologia, Capital University, Pequim (China).
  • Conferência “A intencionalidade consciente ou latente do doente” (OMS), 10 de maio de 1997, Trevi (Itália)
  • I Seminário Internacional de Psicossomática, 26 a 29 de junho de 1997, Sede da ONU, Genebra (Suíça)
  • II Seminário Internacional de Psicossomática, 10 a 13 de junho de 1998, Assis (Itália).
  • Congresso Internacional “Ontopsicologia e Memética”, 18 a 21 de maio de 2002, Milão (Itália). Diversos trabalhos sobre o tema “Meme e psicossomática”.
  • Conferência “A psicossomática do câncer”, 14 de novembro de 2009, Recanto Maestro, Brasil.

Sociedade contemporânea

  • Congresso Internacional Responsabilidade e Reciprocidade: valores sociais para uma economia sustentável, Recanto Maestro, 2011.

Ontopsicologia

Convenção Internacional “Pedagogia contemporânea: responsabilidade e formação do líder para a sociedade do futuro”, Paris, UNESCO – França (2007)

  • I Convenção Internacional, Roma, Rocca di Papa – Itália (1973)
  • II Convenção Internacional, Piediluco, Villa Lago – Itália (1974)
  • III Convenção Internacional, Piediluco, Villa Lago – Itália (1975)
  • IV Convenção Internacional, Roma, Grottaferrata – Itália (1976)
  • V Convenção Internacional, Monteluco di Spoleto – Itália (1977)
  • VI Convenção Internacional, Monteluco di Spoleto – Itália (1978)
  • VII Congresso Internacional, Trevi, Hotel della Torre – Itália (1979)
  • VIII Congresso Internacional, Roma, Hotel Cavalieri Hilton – Itália (1980)
  • IX Congresso Internacional, Roma, Hotel Cavalieri Hilton – Itália (1982)
  • IX Congresso Internacional, Roma, Hotel Cavalieri Hilton – Itália (1982)
  • X Congresso Internacional, Roma, Hotel Parco dei Principi – Itália (1984)
  • XI Congresso Internacional, Roma, Hotel Ergife – Itália (1986)
  • XII Congresso Internacional, Roma, Hotel Ergife – Itália (1988)
  • XIII Congresso Internacional, Roma, Eur – Salone delle Fontane – Itália (1991)
  • XIV Congresso Internacional, Bahia Othon Palace Hotel – Brasil (1995)
  • I Congresso Mundial (XV Internacional), Moscou, Palácio das Ciências Russas – Rússia (1997)
  • Convenção Internacional “A mulher do Terceiro Milênio”, Rio de Janeiro, Hotel Sheraton Rio – Brasil (1999–2000)
  • Convenção Internacional “Direção e Inconsciente” (Cannes, Palm Beach – França (2001)
  • XVI Congresso Internacional “Ontopsicologia e Memética”, Milão, Hotel Marriot – Itália (2002)
  • Congresso Business Intuition, Riga, Letônia (2004)

ONU/UNESCO

Convenção Internacional:

  • “O papel do líder e dos recursos humanos na era da informação”, Paris, UNESCO – França (2000)
  • “Os líderes intelectuais se empenham para o desenvolvimento estável da humanidade”, Nova Iorque, Nações Unidas (ONU)- EUA (2001)
  • “Uma nova pedagogia para a sociedade contemporânea”, Paris, UNESCO – França (2006)
  • Pedagogia contemporânea: responsabilidade e formação do líder para a sociedade do futuro”, Paris, UNESCO – França (2007)

Summer University of Ontopsychology

Origens

Summit de Psicologia Científica, realizado em Lízori, Itália, em 1987.

Summit de Psicologia Científica, realizado em Lízori, Itália, em 1987. Na foto, Prof. Antonio Meneghetti, Presidente da Associação Internacional de Ontopsicologia, Alexej Matiuskin, Presidente da Associação dos Psicólogos da União Soviética e Prof. Frank Barron, da Universidade da Califórnia.

Em Lizori, em 14 e 15 de junho de 1987, aconteceu um Summit de Psicologia Científica, conduzido por Antonio Meneghetti, Prof. Frank Barron e Alexej Matiuskin (Presidente da Associação dos Psicólogos da União Soviética, Diretor do Instituto Psicopedagógico da Academia das Ciências da URSS). Foi um encontro “histórico”, que colocava em discussão os estudos de psicologia americanos e soviéticos.

O encontro teve grandes resultados. Matiuskin foi o primeiro que levou seriamente a Ontopsicologia à Rússia. Por meio do contato do Prof. Frank Barron houve o início de uma colaboração com a Universidade de Santa Cruz, que no ano sucessivo, deu origem à primeira Summer Session of Ontopsychology, em Lízori.

O Corriere dell’Umbria (7 de junho de 1987), em um artigo assinado por Sergio Milic, reporta:

“O objetivo é, desde já, declarado: explorar as novas fronteiras da psicologia aplicada, sobre a onda de um fecundo intercâmbio de opiniões. Neste campo, como destaca com orgulho Meneghetti, a Ontopsicologia já pulou etapas. Um importante aval dos argumentos deveria vir exatamente de Barron e Matiuskin, epônimos de uma ciência há tempos decaída no alvéolo social. O americano e o soviético conhecem e apreciam a bagagem de noções práticas acumuladas pelo colega italiano.

E, em Lízori, graças à iniciativa de Antonio Meneghetti, um americano e um soviético falavam de criatividade. Contemporaneamente, fora de Lízori, os Estados Unidos e a Rússia combatiam no alge de uma Guerra Fria.

20 anos

Em 2008 a Summer University of Ontopsychology completou 20 anos. A primeira, organizada em 1988 em Lízori (Úmbria, Itália), tratou sobre o tema da criatividade. O evento proporcionou o encontro entre o pensamento ontopsicológico e um dos máximos expoentes sobre a criatividade dos Estados Unidos, Prof. Frank Barron, da Universidade de Santa Cruz, Califórnia.

A Summer passou a expandir a cada ano, com número crescente de participantes. A impostação permaneceu sempre a inicial: 10 a 15 dias de verão italiano nos quais, junto à sessão de estudos propriamente dita, são organizados eventos de arte, moda, esporte, cultura e recreação. A Summer é a ocasião em que o trabalho de pesquisa e formação realizados nos diversos centros de Ontopsicologia no mundo confluem, em que pesquisadores, estudantes, profissionais e público interessado em geral, de diversas nações se encontram para compartilhar experiências e atualizar seus conhecimentos.

Os primeiros encontros da Summer resultaram nos livros Manual de Ontopsicologia e Dicionário de Ontopsicologia (Psicologica Editrice). Sucessivamente, acompanhou os estudantes da Universidade Estatal de São Petersburgo a sustentar o exame final escrito e oral de Ontopsicologia previsto pelo Departamento de Ontopsicologia da universidade, indispensável segundo o programa ministerial russo para consentir a láurea ou especialização em Ontopsicologia.

Temáticas recentes

Mesa redonda de abertura da Summer University of Ontopsychology 2006: A crise das democracias contemporâneas e a Justiça Social.

A Summer University of Ontopsychology nos últimos anos com temáticas ligadas a filosofia e sociedade:

  • Ontologia da Percepção, Summer University of Ontopsychology 2011 (ver Giornale dell’Umbria, edição de 15 de Agosto de 2011).
  • Ontologia e Sociedade, Summer University of Ontopsychology 2010, realizada em Assis, Itália (ver Giornale dell’Umbria, edição de 13 de Agosto de 2010).
  • Arte, Sonho, Sociedade, Summer University of Ontopsychology 2009, realizada em Assis, Itália.
  • Direito, Consciência, Sociedade, Summer University Ontopsycholgy 2008, realizada em Assis, Itália.
  • Conhecimento Ontológico e Consciência, Summer University of Ontopsychology 2007, realizada em Trevi, Itália.
  • A crise das democracias contemporâneas e a Justiça Social, Summer University of Ontopsychology 2006, realizada em Trevi, Itália.
  • Intelecto e Personalidade, Summer University of Ontopsychology 2005, realizada em Rieti, Itália.
  • Fundamentos de Filosofia, Summer University of Ontopsychology 2004, realizada em Rieti, Itália.

A Summer University hoje

Atualmente, a Summer University of Ontopsychology, realizada anualmente, serve aos seguintes propósitos:

  • Divulgar os principais avanços feitos pelos diversos pesquisadores que atuam com o método ontopsicológico no mundo.
  • Abrir novos temas de pesquisa e aplicação.
  • Reunir interessados de diversas partes do mundo para troca de experiências.
  • Realizar lições introdutórias à teoria e método da Ontopsicologia.

Associações

A divulgação e a representação institucional da Ontopsicologia no mundo é feita por meio das seguintes Associações:

  • AIO (Associação Internacional de Ontopsicologia), criada em 1978, em Roma – Itália, ONG que recebeu em 1999 status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
  • ABO (Associação Brasileira de Ontopsicologia), criada em 1985, com sede no Recanto Maestro, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Associação Eslava de Ontopsicologia, criada em 1996, com sede em Moscou, Rússia.
  • ORIONT, criada em 2018, com sede em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Brasil

Fundações de Pesquisa

As principais fundações de pesquisa são:

  • Na Rússia, em 2007, a Fundação Científica Antonio Meneghetti, a qual instituiu em 2012, em parceria com o Jornal Científico russo «Alma Mater», um concurso internacional para as melhores publicações científicas baseadas em pesquisas interdisciplinares na área da Ontopsicologia.
  • Na Europa, em 2009, a Fundação de Pesquisa Científica e Humanística Antonio Meneghetti, a qual institui, a partir de 2011, o “Prêmio Antonio Meneghetti” para o avanço das pesquisa científica em Medicina, Física, Economia e Filosofia.
  • No Brasil, a Fundação Antonio Meneghetti Pesquisa Científica Humanista Cultural Educacional, que iniciou suas atividades em 2010, realizando diversos eventos e apoiando diversas iniciativas, tais como o Congresso Internacional Responsabilidade e Reciprocidade.

Publicações

Livros

A Ontopsicológica Editora Universitária é a principal editora que se ocupa de publicações sobre Ontopsicologia no Brasil, sendo que, atualmente, há mais de 40 títulos sobre Ontopsicologia, disponíveis em italiano, português, russo, inglês, francês, chinês, espanhol, alemão e letão.

Artigos científicos

Revista Saber Humano, publicação científica semestral da Antonio Meneghetti Faculdade

Existem inumeráveis pesquisas científicas publicadas em periódicos e congressos científicos em várias partes do mundo. Abaixo, seguem alguns dos mais recentes artigos científicos sobre Ontopsicologia:

  • The psychosomatics of cancer, Meneghetti, A. in Journal of Chinese Clinical Medicine, Vol.5, No.7
  • Ontopsychology clinics:The pathogenetic process within organismic unity with special reference to the coccygeal zone, Meneghetti, A., Capasso, M. in Journal of Chinese Clinical Medicine, Vol.5 No.12
  • Revista Saber Humano, publicação científica da Antonio Meneghetti Faculdade (AMF). Ano I. Número 1. 2011
  • A doença como aspecto de contradição do indivíduo, Meneghetti, A. in Atos do XXXII Congresso Interamericano de Psicologia (SIP 2009), promovido pela Sociedade Interamericana de Psicologia, realizado de 28 de junho a 2 de julho de 2009, na Guatemala.
  • A Contribuição da Metodologia Ontopsicológica para a Aprendizagem Individual e a Formação de uma Mentalidade Sustentável, Montenegro, A.C. in XXXV Encontro da ANPAD, realizado de 4 a 7 de setembro de 2011, no Rio de Janeiro/RJ.
  • Educação Para a Sustentabilidade no Contexto de um Curso de MBA, Campos, S., Shutel, S. XIII Encontro Nacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente (ENGEMA), realizado de 5 a 7 de dezembro de 2011, em São Paulo – SP
  • Nova fronteira para controle da AIDS: visão ontopsicológica da etiologia e tratamento das doenças, Chikota, H.; Mendes, A. M.; Wazlawickk, P., in XXXIII Congresso Interamericano de Pscología (SIP 2011), realizado de 26 a 30 de junho de 2011, em Medelín, na Colômbia. Publicado nos Anais do evento: Internacional Journal of Psychological Research – ISSN eletrônico 2011-7922 / ISSN impresso 2011-2084. p. 996.
  • Formação de pedagogos: entre as estereotipias e as possibilidades criativas humanas, Mendes, A. M.; Giordani, E. M. in XXXIII Congresso Interamericano de Pscología (SIP 2011), realizado de 26 a 30 de junho de 2011, em Medelín, na Colômbia. Publicado nos Anais do evento: Internacional Journal of Psychological Research – ISSN eletrônico 2011-7922 / ISSN impresso 2011-2084. p. 1628.
  • Dialética entre responsabilidade social & sustentabilidade para efetivação do desenvolvimento regional, Bulegon, A.M.; Wazlavick, P.; et. al. in 6o IFBAE – Congresso do Instituto Franco-Brasileiro de Administração de Empresas, realizado em 23 e 24 de maio de 2011, em Franca-SP. Publicado no Livro Eletrônico (CD Rom): ISBN 978-85-8740655-2.

Para acessar um maior leque de publicações científicas sobre Ontopsicologia, pode-se consultar: